Date a Home Magazine | Jul / Ago / Set 2014 | Page 68

e será residencial. São 6 apartamentos e vamos com isso sentir o mercado. É um projeto do Eduardo Souto Moura e o apartamento mais pequeno tem cerca de 300 m2, um por piso. Não dá para fazer muito pequenos quando se tem frescos e estuques, e pés direitos de 5 metros. Tudo o que é possível mantemos, mas tem de criar-se o isolamento interi-or, instalar aquecimentos, para ter as comodidades de um apartamento moderno. Quando se faz a inter-venção desmonta-se o soalho ou estuques, mas muitas vezes é refeito com molde do original.

O Palacete Faria será um teste?

Tem de ser. O mercado está a dar os primeiros sinais de ânimo, era demasiado arriscado investir com um projeto muito grande. Queremos que as pessoas re-sidam nos apartamentos. Estamos a falar funda-mentalmente em portugueses e alguns estrangei-ros que querem mudar-se para Portugal. Se não, pa-a quê este esforço no bairro para depois termos os apartamentos vazios?

Estes apartamentos serão só para venda?

Quando se faz um apartamento muito exclusivo, que é uma peça de arte, não dá para arrendar. É um pro-duto muito emocional. Mas o objetivo não é a venda com Golden Visa. Sabemos que não podemos lançar-nos com passos muito grandes, porque vamos ter de vender a portugueses fundamentalmente.

O que é a “Embaixada” no Palacete Ribeiro da Cunha?

A Embaixada foi lançada em plena recessão. Havia muita gente no desemprego, mas isso também gerou ideias e novas marcas portuguesas muito interes-santes. Só que estavam descapitalizadas, sem capa-cidade de fazer um contrato de arrendamento. Não queríamos que tivessem de fazer um grande investimento à entrada, então criámos basi-camente serviços. O preço é pelo uso de espaço, à volta de 30 euros por m2, sendo que cerca de 12 euros são para segurança, eletricidade, limpeza das áreas comuns e internet.

Apesar de não termos tão definido nessa altura que a Embaixada era produto nacional, naturalmente vieram muitos empreendedores com marcas de muita qualidade. Hoje ainda selecionamos com mais empenho este tipo de lojas.

O que traz de inovador para o conceito do comércio?

A experiência de consumo. A ideia é que as pessoas se sintam bem, que se sentem para tomar um café e tenham uma experiência agradável.

REGIÕES | Arrendar Lisboa Com Paixão | Entrevista

68