Date a Home Magazine | Jul / Ago / Set 2014 | Page 67

ENTREVISTA de: RAQUEL BARREIROS

palavras de: catarina lopes

imagens de projeto: eastbanc portugal

foto REPORTAGEM: ANA AMORIM

Lisboa não pára de nos surpreender e encantar com projetos como aquele que está a mudar o Príncipe Real. Para conhecer esta iniciativa, a bpm’s entre-vistou a diretora geral da Eastbanc Portugal, enti-dade responsável pela reabilitação urbana desta zona. Foi numa agradável conversa com Catarina Lopes que desvendámos o futuro de um Príncipe Real com uma nova cara e muito mais vida.

Qual a missão da Eastbanc?

A Eastbanc dedica-se à produção de produto resi-dencial de elevadíssima qualidade, juntando a defesa do património, serviços, design e conforto moderno. Como investimos fortemente apenas nu-ma zona da cidade acabamos por estar ligados ao retalho, que não é o core em termos de rendimento, mas cria o ambiente, o género de bairro onde as pes-soas querem viver.

Primeiro criam condições para que o bairro seja desejável?

Exatamente, sendo que investimos num bairro com imenso potencial. Estava era um bocadinho ador-mecido.

Porque é que o Príncipe Real vos seduziu?

Foi o meu chefe... o Antony descobriu o Príncipe Real em 2004 e identificou 3 palacetes lindíssimos, o Ribeiro da Cunha, Anjos e Castilho, que tinham jardins com cerca de 7000 m2 no total, e estavam em cima do jardim botânico. Tinha luz, vistas, um tecido urbano com personalidade e preços acei-táveis. O preço que pedem por um edifício normal ou por um maravilhoso não é muito diferente, então é claro que investimos na alta. O Bairro Alto tem caráter, mas os prédios são pequenos. É difícil para um promotor fazer dinheiro com um edifício que tem no conjunto 500 m2.

De que forma estão a fazer renascer este bairro?

O comércio tradicional é fundamental. O Príncipe Real já tinha, mas era muito ligado aos antiquários e havia muitas lojas quase fechadas. Alguns estilis-tas estavam a aproximar-se deste bairro, mas só isso. Comprámos os edifícios e fizemos acordos de resci-são dos contratos antigos. Foi tudo feito ao abrigo da lei antiga, portanto tivemos de indemnizar as pessoas.

Quais os edifícios que vão ser reabilitados?

Fizemos muitas intervenções, mas não de reabilita-ção integral.

O primeiro que vamos reabilitar integralmente será um projeto relativamente pequeno. É o Palácio Faria

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UM NOVO

PRÍNCIPE REAL