Date a Home Magazine | Jan / Fev 2014 | Page 133

da Europa.

O Porto está a seguir uma linha de reabilitação coerente com o seu estilo de vida?

Não. O Porto tem de olhar para o seu Centro Histórico e a sua Baixa com outros olhos. É necessário atrair a juventude. É necessário atrair a classe média. É necessário atrair as chamadas “indústrias criativas”: costureiros, arquitetos, designers, gente que prefira um ambiente patri-monial único, por alternativa às áreas periféricas de Matosinhos, Gaia, Maia, Gondomar, Valongo, com toda a consideração que tenho por estas cidades que circundam o Porto.

Qual é para si a grande lição de arquitetura da Escola do Porto?

A Escola de Arquitetura do Porto deu grandes lições. A maior será sobretudo a de difundir aos seus alunos a ideia do “Espírito do Lugar”. A ideia de que é necessário analisar, radiografar, sentir, apalpar, cheirar, tomar posse do local antes do ato da projetação.

Não projetar de longe, mas sim de muito perto. Projetar intimamente relativamente ao local, à obra.

Álvaro Siza e Souto Moura. De que forma estes nomes transformaram o Porto?

São dois grandes Arquitetos, que infelizmente não foram convidados para grandes projetos institucionais na área urbana do Porto. São mais conhecidos e acarinhados no estrangeiro do que na nossa cidade.

Tornou-se no roteiro arquitetónico que tantos defendem?

Ainda não, à exceção de Serralves, da Faculdade de Arquitetura, das Estações de Metro e da Avenida dos Aliados, que ainda hoje não reúne consenso dos portuenses.

Se pudesse, o que mudava no Porto?

Se eu pudesse proporcionava o usufruto do Centro Histórico e da Baixa a ricos, remediados e pobres, como sempre se verificou ao longo da história da cidade..

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