Date a Home Magazine | Jan / Fev 2014 | Page 76

JOÃO

BAIÃO

A bpm's teve o prazer de conversar com um recente apaixonado pelo Oeste. Comunicador de mão cheia, ator, autor e entertainer. João Luís Baião dos Santos, ou simplesmente João Baião, uma das caras mais queridas do público da RTP, recebeu-nos com a imensa simpatia que o caracteriza para nos falar da sua escolha do Oeste para viver.

Nasceu e cresceu na Reboleira/ Amadora. Depois passou a viver em Lisboa. Teve uma casa no Ribatejo, mas por fim escolheu o Oeste para viver e descansar, porquê?

A minha necessidade em procurar uma casa de campo começa com a minha paixão pelos animais e porque queria ter muitos cães e no apartamento já começava a ser incomportável. Inicialmente escolhi o Cartaxo, mas o Oeste acontece na minha vida quando encontro uma casa extraordinária a precisar de obras, um espaço maravilhoso que eu consegui antever que seria o espaço ideal para mim. Um grande investimento para a minha vida, não só em termos patrimoniais como pessoais. Que seria um futuro calmo para os meus 50 anos, (quando chegamos aos 50 anos já nos apetece a calma...) num sítio completamente diferente da-quele a que estava habituado.

A proximidade com Lisboa também teve influ- ência na escolha?

Sim, principalmente a proximidade de Lisboa. Para mim faz sentido ter um espaço em que entro no portão e é o meu mundo, e que possa conciliá-lo com a cidade. Aquela zona hoje em dia tem ótimos acessos. Não só tem autoestradas, como ao lado tem a vila do Sobral, Torres Vedras e Lisboa, que fica a 40 minutos de viagem. E como gosto muito de conduzir, acabo por descontrair muito na viagem ou para casa ou para Lisboa.

Disse que ultimamente o que quer é “estar em casa sozinho a saborear o silêncio”. Refugia-se na sua casa no Oeste sempre que pode?

Sim, sempre que posso. Antigamente era impos-sível para mim estar sozinho. Não gostava de estar sozinho. Eu até estudava em frente à televisão. Os meus pais costumavam dizer: ”Deves aprender muito deves...” Fazia tudo para estar sempre acompanhado. Agora não. Agora já procuro o silêncio. E o Oeste tem uma mística especial, diferente da zona do Cartaxo. Para já, tem uma paisagem linda, aquela paisagem toda verde. Ou quando se chega a meados de setembro e fica o castanho dourado das vinhas, é linda! E de facto descontrai-me imenso passear ali no campo. Descontrai-me imenso estar no meio dos animais ou só a observar a natureza.

Com a peça no Politeama, Grande Revista à Portu-guesa, e o programa Praça da Alegria, na RTP, tra- balha literalmente de manhã à noite. O que representa para si ir para casa?

Representa a descontração. Ás vezes passa muito por aproveitar o tempo em que venho a conduzir para descontrair e organizar o dia a seguir. Aqueles 30, 40 minutos são maravilhosos. Quando foi o processo dos ensaios era o memorizar dos textos.

REGIÕES | Arrendar Oeste Com Paixão | Entrevista

"Hoje em dia já procuro um equilíbrio, um compromisso entre o campo e a cidade."

ENTREVISTA de pAULA d'ITABEN | Fotos CEDIDAS POR JOÃO BAIÃO

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