Infelizmente não. Existem talvez uma dezena de músicos que o faz, que atuam aqui e noutros espaços, de forma profissional e outros que o fazem por “carolice” e que acolhemos no nosso espaço uma vez por semana.
Os turistas que visitam a cidade encontram o Fado de Coimbra em vários locais ou ele concentra-se neste espaço do Quebra Costas?
Em Coimbra não é fácil, há quinze anos atrás não havia nada. Depois surgiu um espaço a “Diligência” mas mais com música de intervenção, mais tarde abriu “A Capela” com Fado todos os dias e que acabou por mudar o con-ceito. Nós abrimos há três anos este espaço com o Fado de Coimbra tra-dicional e tem corrido bem, como já disse a maioria do nosso público é estrangeiro, gostam e querem também levar para a terra deles.
E daí surgirem naturalmente as publicações, os CD’s os DVD’s?
Exatamente, mas também fizemos vários espetáculos no exterior. No ano passado estivemos na Alemanha, em Espanha, no festival internacional de Córdoba, na Polónia, Holanda, duas vezes no Brasil e gostámos muito da aceitação que foi fantástica, onde a Universidade de Coimbra tem muito prestígio precisamente por ter sido a única universidade lusófona durante 600 anos.
Quais os seus projetos e do Fado ao Centro no futuro próximo?
Vamos gravar um novo disco, o Fado ao Centro, Vol. III com uma mistura de temas originais e clássicos.
Pessoalmente vou gravar um disco, também integrado no Fado ao Centro, com temas originais para comemorar os meus quinze anos de carreira.
Estamos a editar livros com partituras de guitarra, começamos com o Octávio Sérgio e agora vamos ter outro dedicado ao Jorge Tuna e a outros guitarristas, passando naturalmente pela família Paredes, para evitar que estes tesouros se percam.
Outro dos passos para 2014 é que a nossa “etiqueta” esteja por todo o lado, o que será o nascimento de uma nova editora.
Temos também um espetáculo, o Fado cruzado,que junta o Fado de Lisboa e o Fado de Coimbra e que começou com um espetáculo com o Camané junto à torre da Universidade..