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encaminhou-o para aquilo que viria a tornar-se na grande paixão da sua vi-da: a música.

No dia em que começou o estágio de assistente de estúdio, o entusiasmo não era grande. Afinal, pouco mais fazia do que arrumar cabos, servir cafés ou montar microfones. ”O que já era muito mais do que eu sabia fazer, pois nem uma lâmpada sabia trocar. Ainda hoje me questiono por que é que me deram aquela opor-tunidade? A verdade é que apaixo-nei-me rapidamente por aquilo”, con-ta.

Mais tarde, aos 25 anos, decidiu procurar trabalho no Brasil. Afinal, não gostava de trabalhar no estúdio de gravação? “Ao início, estar perto dos artistas, e da música era sufici-ente, mas rapidamente comecei a achar Portugal pequeno para mim. Eu era muito vaidoso e arrogante na-quela altura”, confessa.

Foi um folheto que falava do estúdio brasileiro Transamérica, em São Paulo, que lhe despertou a aten-ção. “Estávamos em 1984, que foi quando o movimento de rock co-meçou no Brasil – cá tinha começado em 80. Achei que podia ser uma boa oportunidade para mim pois eles não sabiam gravar rock.” Enviou-lhes uma carta a pedir emprego e bastou um “Anda, vem” por parte do diretor do estúdio para comprar um bilhete só de ida!

Conseguiu a sua oportunidade em terras de Vera Cruz. Passou por outros

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