Date a Home Magazine | Abr / Mai / Jun 2015 | Page 69

Entrevista | PERSONALIDADES |

to trabalho da minha parte. Inevi-tavelmente tenho de estar atenta às redes sociais e às divulgações dos eventos, mas a par de tudo isso tenho de andar pela cidade, senti-la, descobri-la, falar com as pessoas, deixar-me surpreender e descobrir informação onde inicialmente nem imaginaria que existia. Mas tudo is-so me dá um enorme prazer. E já agora, faltou mencionar o instagram – cada vez mais importante e que também já vou atualizando quase todos os dias.

Descreva o Porto em três pa-lavras

Surpreendente, carismático, hos-pitaleiro. O Porto surpreende-me todos os dias, sempre que saio, des-cubro algo novo. Carismático, pelas suas gentes. Hospitaleiro, porque recebemos sempre bem, e fazemos questão disso.

Qual foi para si o grande mo-mento de mudança no Porto?

É difícil dizer isso. Mas acho que o fato da chegada da Ryanair, e pos-teriormente outras companhias low-cost se terem instalado no Porto foi um marco muito importante: com as viagens baratas e com o aeroporto muito próximo do centro da cidade começámos a ter muitos mais tu-ristas de fim de semana, vindos de outros locais que não a vizinha Espanha; isso começou a despoletar a necessidade de abrir hostels, pro-gramas de visitas à cidade alter-nativos, etc..

Os programas de Erasmus também ficaram mais acessíveis e a partir daí começou muita coisa a florescer. Hoje em dia o turismo do Porto já não vive só do turistas com pouco dinheiro, já atingimos um outro ní-vel, e a par dos hostels, já têm nas-cido Hotéis e Guesthouses cheios de charme e mesmo de luxo. Espere-mos que seja para perdurarem!

Qual é para si a grande lição de vida na passagem de Jurista para a paixão de nos dar a conhecer diariamente o nosso Porto?

Tudo tem um tempo para acontecer e tudo o que fazemos é uma apren-dizagem. O meu tempo como jurista foi muito bom e eu fui muito feliz enquanto tal. Mas não era o meu ca-minho. E faz parte do nosso percurso de vida procurarmos aquilo com que nos identificamos mais, descobrir o que mais gostamos de fazer, onde estão as nossas mais valias e poten-cialidades. Quando encontramos is-so, inevitavelmente somos melhores a fazer o que fazemos e isso trans-parece e passa para o exterior. Como com as paixões, é impossível pas-sarem despercebidas.

Quais são os seus projetos no futuro?

Uí, tenho muitos...sempre, mas um deles é conseguir viver a fazer o que gosto, e continuar a divulgar o Porto mais e mais, além fronteiras.

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