Date a Home Magazine | Abr / Mai / Jun 2015 | Page 66

| PERSONALIDADES | Entrevista

temos mar e praia, temos rio, temos ótimos restaurantes com excelente gastronomia (inclusivamente um restaurante com estrela Michelin); temos excelentes vinhos, pessoas afáveis e hospitaleiras, monumentos lindos e cheios de história; temos bons espetáculos culturais, lojas modernas e lojas antigas e zonas muito típicas que fazem o Porto ser o Porto – porque apesar de estarmos numa altura efervescente, com muitos eventos a acontecer e muitos estabelecimentos novos a abrir to-dos os dias, ainda temos zonas na cidade muito velhas e degradadas (outras mesmo abandonadas), mas isso acaba por significar que ainda temos muito por onde evoluir e crescer e trabalhar. Tudo isto junto – esta mistura entre o velho e o mo-derno – confere ao Porto uma identi-dade muito própria, que acaba por atrair quem nos visita.

Por último, temos um bom clima (e sim, há sempre meses com chuva, mas a temperatura nunca é negativa, ao contrário de muitas outras ci-dades na Europa).

Em termos de cultura urbana, qual foi o grande momento de viragem no Porto?

Não sei precisar isso, mas diria que o ano em que o Porto foi Capital Europeia da Cultura, em 2001, foi um ano bom para a cidade (apesar de algumas controvérsias) e que a partir daí se começou a despertar para muitas outras potencialidades a ní-vel cultural. Por exemplo, com a construção da Casa da Música – que deu ao Porto uma sala de excelência para programas musicais - no que diz respeito à cultura urbana, nesse mesmo local, na zona exterior, nas-ceu o local predileto para os skaters se reunirem e praticarem....E o skate é um dos expoentes máximos de cultura de rua.

Mais recentemente, diria que a al-tura em que começaram a surgir os mercadinhos e as feiras de rua (como o Flea Market, o Mercado Porto Belo, o Mercadinho dos Clérigos, e agora tantos outros) veio dinamizar muito a cidade e trazer as pessoas ainda mais para a rua.

Neste preciso momento, não pos-so deixar de mencionar o nosso atu-al presidente da Câmara, que é uma pessoa que tem dinamizado bastan-te a cidade a todos os níveis, com grande incidência para a cultura de rua (veja-se os casos de pinturas nos murais da cidade).

Através do seu blog “Viver o Porto”, e da página do Facebook com o mesmo nome, consegui-mos uma vasta informação di-ária, sempre atualizada, como se mantém a par de todas as novi-dades? É fácil escrever sobre o Porto?

Manter-me informada constante-mente faz parte do meu trabalho en-quanto blogger. Só assim consigo alimentar o meu blog e falar sobre a cidade e o que nela se passa. Exige muita atenção, muita procura e mui-

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