culdbura nº 14 Culdbura nº 14 | Page 48

En un hermoso prado Verde laurel reinaba presumido De pájaros poblado Que, cantando, robaban el sentido Al Argos del cuidado. De verse con su adorno tan galana La Tierra estaba ufana, Y en aura blanda le adulaba el viento, Cuando una nube fría Hurtó en breve momento A mis ojos el día; Y arrojando del seno un duro rayo, Tocó la Planta bella Y juntamente derribó con ella Toda la gala, primavera y Mayo. Cayó abrasada encima de una roca Y en mucha llama fue ceniza poca. (Quedó el suelo de verde honor robado, Y vio en cenizas su soberbia el prado.) Ruy Belo El poema que se reproduce en el jardín está en el libro Homem de Palabra(s) (1969), y tiene el título (que no se indica en el jardín): Algumas proposições com pássaros e árvores que o poeta remata com uma referência ao coração. Os pássaros nascem na ponta das árvores As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores Os pássaros começam onde as árvores acabam Os pássaros fazem cantar as árvores Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal Como pássaros poisam as folhas na terra quando o outono desce veladamente sobre os campos Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores mas deixo essa forma de dizer ao romancista é complicada e não se dá bem na poesia não foi ainda isolada da filosofia Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros Eu passo e muda-se-me o coração