Expo Abióptica // EM FOCO
HOT BUTTERED
Q
uem já viu a maior feira do setor óptico em seus
melhores dias, com corredores lotados, pavilhões
enormes, mais de 100 stands magníficos e muito
movimentados, provavelmente se assustou ao
adentrar na edição deste ano da Expo Abióptica.
A 16ª edição da feira óptica de São Paulo, realizada pela
Abióptica (Associação Brasileira da Indústria Óptica) entre 10
a 13 de abril, nem de longe conseguiu repetir o movimento
de seus melhores anos.
Os números finais do evento devem ser confirmados apenas na
primeira semana de junho (após a conclusão desta matéria). No
entanto, dados preliminares da própria Abióptica indicam que em
torno de 9.500 visitantes estiveram no Transamérica Expo Center.
Contando as pessoas que foram mais de uma vez ao evento, o
público final ficou na casa dos 11 mil visitantes. Números bem
distantes do recorde da Expo (16,3 mil visitantes em 2014).
FEIRA MENOR – A quantidade de expositores presentes à
feira também caiu drasticamente. Ano passado foram 78 (dos
quais 55 empresas ligadas diretamente aos produtos ópticos
propriamente falando). Este ano, pouco mais de 40 empresas
no total. Em tamanho, foi praticamente uma feira regional.
Em uma comparação simplista, a Ajorsul, de Gramado (RS),
teve quase 60 expositores do setor óptico em sua última edição,
em setembro de 2017.
Como os resultados oficiais ainda não foram divulgados, a
entidade também não divulgou nenhuma avaliação sobre
o evento – o que, normalmente, só é feito após reunião de
Conselho da Abióptica.
Mas expositores e varejistas ópticos ouvidos pela reportagem
apontam diferentes motivos para a diminuição da feira, que
vão desde a própria crise do país (que se reflete nos negócios),
os altos custos (para expositores) de participação no atual ce-
nário, o local do evento, que é considerado “distante” demais,
junho 2018
convergência
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