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VISÃO TÉCNICA
© Foto: Shutterstock
matas alega não se adaptar ao uso
de lentes de contato, e cerca de 65%
dos que abandonam seu uso são
portadores de astigmatismo.
Segundo a médica, isso acontece
porque na maior parte dos casos
o astigmatismo não é corrigido da
forma adequada, já que requer um
tipo específico de lente de contato.
Esses pacientes acabam usando
lentes esféricas (indicadas para
miopia, hipermetropia e presbio-
pia), quando deveriam usar lentes
de contato tóricas, próprias para o
astigmatismo.
Para corrigir o astigmatismo, as len-
tes de contato têm de estar correta-
mente posicionadas sobre o olho e
junho 2018
o ideal é que não girem.
A maior parte das lentes procura
garantir estabilidade por meio de
prisma de lastro, com uma área
mais grossa e pesada na sua parte
inferior, que é puxada pela gravida-
de, ajudando a posicioná-las. Con-
tudo, esse método pode apresentar
problemas quando o paciente está
em movimento, inclinado ou mo-
vendo os olhos muito rapidamente.
As lentes tóricas contam com uma
tecnologia de estabilização que
ajuda a posicioná-las corretamente
para uma correção eficiente. “É
importante informar pacientes e
médicos sobre os benefícios das
lentes tóricas, já que cerca de 28%
dos astigmatas não sabem que exis-
tem lentes próprias para a condi-
ção, e 18% dos oftalmologistas não
as prescrevem por não conhecerem
a categoria ainda”, explica a oftal-
mologista.
O desafio é o de incentivar pacien-
tes com astigmatismo a conversa-
rem com seus especialistas sobre
lentes tóricas, que são muito bem
aceitas por pacientes e médicos.
Pesquisas citadas pela Johnson in-
formam que cerca de 78% de astig-
matas que usam esse tipo de lente
reconhecem a sua superioridade
em relação às lentes esféricas, e 9 a
cada 10 profissionais consideram as
lentes tóricas fáceis de adaptar.
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