Contraceção Hormonal e Sexualidade 1402_1741_MNAUG_PDF_INTERATIVO_HR.PDF | Page 3
Prólogo
Já anteriormente escrevi que “Normas de atuação” não se
devem confundir com “Protocolos”. Estes últimos, por defi-
nição, enquadram regras que devem ser estritamente cumpri-
das, seja qual for a situação individual com que nos depara-
mos, uma vez que se destinam a ser aplicadas a grupos de
pacientes com o intuito de avaliar a validade de determinados
critérios clínicos e terapêuticos e, daí, retirar conclusões sobre
o comportamento desses grupos. Na minha opinião, “Normas
de atuação” são conjuntos de atitudes que têm por objetivo
abordar uma situação específica no momento em que nos de-
frontamos com a individualidade do “nosso” doente. Mas, por
outro lado, as “normas” também se dirigem ao médico indi-
vidual, que na sua prática diária é confrontado com situações
clínicas específicas a que tem de responder de imediato; esses
normativos escritos trazem ao médico o conforto de, seja qual
a hora do seu dia de trabalho, a eles poderem recorrer para re-
frescar a memória sobre um determinado vetor clínico menos
frequente ou oferecer-lhe uma orientação simples que o auxilie
na tomada de uma decisão.
São, talvez, estas diferenças que fizeram as duas primeiras
edições destas “Normas de atuação” serem tão procuradas por
internos, especialistas e enfermeiros que desenvolvem o seu
trabalho e exercem as suas competências na área da Obste-
trícia. Nós, os editores desta 3ª versão, estamos convictos que
este pequeno volume contribuirá para continuar a ajudá-los a
abordar a prática da especialidade com o recurso a este texto
que pretendeu ser o mais atualizado possível.
Junho de 2016
Luís Mendes da Graça
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