Na pauta do dia o isolamento social, consequentemente, a coletânea de textos que aqui trazemos falam de saudades, do desejo do retorno à normalidade, das novas rotinas. Embora passeamos por três países da América do Sul, a pandemia é o fio condutor, portanto, nos revela que nossas diferenças de nacionalidades se desfazem diante da crise sanitária mundial – orquestrada por um vírus que mostra nossa insuficiência e fragilidade – que implicou em alterações profundas nas práticas cotidianas, impactando também a subjetividades de crianças, jovens e adultos.
Importante dizer novamente que as formas de expressão foram livres, sem engessamentos quanto à formatação, de modo que nos deparamos com várias linguagens que sinalizam as amarguras do tempo presente e o anseio pela chegada do tempo futuro. Seguimos desejando, juntamente com as pequenas e pequenos (ou nem tão pequenas e pequenos assim), dias melhores, mais afetuosos, coloridos, felizes. Para isso, no entanto, precisamos, como adultos e adultas, retomar a responsabilidade com o mundo e, consequentemente, com as crianças e jovens, para que algo dele possa ainda ser experienciado e aprendido.
Alexandre Fernandez Vaz
Gisele Carreirão Gonçalves
Michelle Carreirão Gonçalves