Contemporânea Contemporânea #10 | Page 28

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Eu não posso dizer que a minha quarentena está sendo chata. Eu adoro ficar em casa com a minha família, mas o que me incomoda é o fato de que eu não posso ver meus amigos e outras pessoas que eu gosto, e é claro, sair de casa.  

Eu passava boa parte do meu dia fora de casa. Eu ia para a escola, para aulas de inglês e outros lugares que faziam parte do meu dia a dia, mas agora tudo isso é no computador. Por mais que a tecnologia tente aproximar as pessoas o máximo possível, não é a mesma coisa que um abraço. Mas eu sei que ficar em casa agora é o certo a se fazer.

E enquanto isso não passa, eu e a minha família estamos inventando coisas. A gente já jogou vários jogos, fizemos receitas, brincamos muito, assistimos filmes e várias lives. Quando os meus pais estão trabalhando e eu estou sozinha ligo para algumas amigas e nós fazemos várias coisas juntas, inclusive estudar, fazer deveres e coisas da escola e é claro, brincar e conversar também.

Durante essa quarentena eu estou fazendo muitas coisas que eu não tinha tempo de fazer no dia a dia, por exemplo, dançar.

A minha impressão é que neste momento o dia está mais longo e demorando mais para acabar, o que é bom e ruim. O lado bom é que eu tenho mais tempo e consigo fazer mais coisas em um dia só, o lado ruim é que se o dia está chato e ele demora para acabar é mais chato ainda. Mas o que eu posso dizer disso tudo é que é uma experiência totalmente nova e que vai passar.

Na quarentena

Texto esrito por ela

XII

Nina regazzi, 12 anos

Rio de Janeiro/RJ