Entendemos, assim, que a dimensão mais elevada da formação integral da criança e do jovem deve ter como cerne, essência e meta fundamental, a compreensão das diferentes culturas e das diferenças étnicas e de gênero, muito além do
prisma da igualdade, inserindo-se no entendimento da valorização da diferença identitária e na busca pela igualdade em relação ao exercício de direitos.
A política educacional e a avaliação
Não é possível gerir com eficácia sem planejamento. A gestão pública não pode ser realizada sem base em evidências e desconectada de um modelo participativo. Daí a importância de se
elaborar os planos municipais de educação, de forma ampla e
responsável, buscando articular os diversos setores da sociedade
para diagnosticar, planejar, a médio e longo prazos, e, acima de
tudo, estabelecer metas, compromissos e direcionar os recursos
para sua consecução, sem perder de vista a sua análise e revisão
permanente, adequando os mesmos ao dinamismo da sociedade
contemporânea. A política educacional, portanto, necessita de
uma planificação que articule o trinômio currículo, avaliação e
reorientação da aprendizagem.
No que se refere às turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, além de um programa de leitura estruturado e com
amplo acesso ao livro por parte do alunado, deve ser estimulada
a iniciação científica com implantação de laboratórios de ciências
e a utilização dos espaços fora dos muros da escola, bem como a
criação de instâncias de debate sobre cidadania e humanidades.
É importante investigar os casos de sucesso na própria rede,
na qual professores nas mesmas condições, frequentemente adversas, conseguem alto desempenho em aprendizagem e aprovaEducação
41