ComParte | Encontro SEF ComParte | Feedback do SEF ao Encontro com os Prós | Page 2

FEEDBACK DOS DECISORES Nas suas palavras. A partilha de conhecimento representa sempre uma mais valia. O encontro com o ComParte em dezembro de 2018 trouxe ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) as vozes e experiências daqueles que já passaram pelo procedimento de proteção internacional em Portugal. Como ponto prévio, importou esclarecer qual o papel do SEF: receber, registar, instruir e decidir sobre a admissibilidade dos pedidos de proteção internacional, bem como apresentar ao MAI propostas fundamentadas de decisão sobre a concessão do estatuto de proteção internacional, competindo-lhe, ainda, emitir os documentos de residência e documentos de viagem que se encontram previstos na Lei. A reunião com o ComParte representou para o SEF um momento de reflexão sobre esta temática, num exercício conjunto, entre elementos do SEF e Prós da Integração. Ao SEF, coube uma escuta atenta dos Prós sobre a sua visão e experiências de acolhimento e integração em Portugal, o que para nós se reveste da maior importância, num desejável processo constante de adaptação do sistema de asilo, assim como na adoção de novas metodologias e canais eficazes de comunicação entre o SEF e a Sociedade civil. Tratou-se de um momento informal, sem barreiras institucionais, que incitou, sem dúvida, à reflexão. Mais do que apresentar casos concretos, os Prós trouxeram ao SEF experiências comuns, bem como perceções que puderam ao longo da reunião ser esclarecidas. Num diálogo aberto, foi possível ao SEF clarificar as formalidades inerentes ao pedido de proteção internacional, bem 2 | ComParte - Feedback Prós como expor até onde chega a atuação do SEF neste processo. Foi igualmente fundamental esclarecer que, não sendo a vertente das condições de acolhimento e programas de integração da competência do SEF, a verdade é que fazemos parte integrante de um sistema de proteção multidisciplinar, no qual muitos aspetos se interligam e exigem uma boa e permanente coordenação institucional. Neste sentido, sendo nós habitualmente a primeira Instituição de contacto, é fundamental que o SEF aposte numa boa comunicação sobre os direitos e os deveres dos requerentes de proteção internacional à chegada, assim como na constante atualização da informação e/ou esclarecimento de dúvidas, fazendo uso dos canais de comunicação de que dispõe. Depois de escutar os Prós, o SEF está agora mais desperto para a importância dos pequenos passos neste processo. Neste sentido, foi demonstrada uma abertura total para receber dos Prós uma lista de perguntas frequentes, de forma a poder fazer chegar aos beneficiários de proteção internacional respostas claras e eficazes às suas principais dúvidas. Com este trabalho de articulação com o ComParte pretende-se melhorar a informação ao público e chegar mais perto daqueles que escolhem Portugal como porto seguro. Por outro lado, o SEF gostaria de poder contar com os Prós no combate à desinformação sobre esta matéria. A experiência individual de cada um deverá contribuir para uma melhoria para todos.