Cogitáre - Revista Digital Dec.2013 | Page 17

a arrancada do mundo digital. E-mails, ferramentas de busca e, principalmente, a possibilidade de interação com outras pessoas sem sair de casa. Formava ali a Geração Y (ou Millennials) que tem como característica ser mais egoísta e autocentrada, porém, ironicamente gosta de compartilhar informações pelas redes sociais. Além disso, essa geração é adepta da rapidez e da instantaneidade. A partir da Y, surge uma nova geração, conhecida por Z (os Digital Natives, ou “nativos digitais” como destaca o publicitário André Oliveira – diretor de Trending, Mapeamento e Análise de Tendências da Box 1824.) Ela pode ser vista como uma intensificação da Y, porém com pequenas características próprias, que podem ser vistas como uma amplificação de alguns comportamentos. “A Geração Z é mais voltada para os games, já que são indivíduos que acompanharam, de certa forma, o forte desenvolvimento dessa indústria nos últimos anos. Ou seja, esses indivíduos se acostumaram com a lógica dos games, que é muito disseminada na vida deles. Além disso, a competitividade e a colaboração são valores fortes no mundo dos jogos eletrônicos, sendo incorporado no cotidiano dessa geração, que está mais interessada em ‘estar’ do que, efetivamente, em ‘ser’(...) Alguns comportamentos podem estar associados aos jovens, mas outros são sentidos também por outras gerações, como, por exemplo, o Phantom Phone Vibrations, que é a sensação de sentir o telefone vibrando, ou a de que ele pode vibrar a qualquer momento, gerando também um sentimento de ansiedade de estar sempre atento” Apesar do convívio precoce com a tecnologia ser benéfico quanto à aguçar a curiosidade, a absorção de conteúdo e a instantaneidade, as novas gerações podem estar sujeitas a um estresse absurdo e imperceptível, além de certa dependência vital da tecnologia. Estabelecidos os pontos negativos do excesso tecnológico, os pais, nascidos na geração X, há de manterem o controle sob a criança, mas sem isolá-la do mundo Z em que nasceram. Segundo Teresa Ruas, especializada em desenvolvimento infantil, “negar o convívio e o aprendizado das crianças com os atuais recursos tecnológicos (...) não é aconselhado. Saber lidar com estes recursos faz parte do rol de habilidades e competências que a criança contemporânea deve desenvolver”. AT&T