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Desde o início de nossa gestão na Direção Geral do Centro Federal de Educa- ção Tecnológica de Minas Gerais, em outubro de 2011, estávamos em busca de projetos novos, diferenciados e de alguma forma, instigantes, para implantar no CEFET-MG . Sentíamos grande necessidade de atender ao anseio de uma comuni- dade jovem e curiosa ao debate qualificado de temas importantes da atualidade. Entretanto, a experiência nos mostrava um rastro de fracasso nas tentativas de realização de palestras e apresentações formais desses temas dentro do formato palestrante/auditório/audiência. Não tinham sido poucas as vezes em que organizadores de eventos passaram por situações que beiravam o vexatório ao verem palestrantes de relativa proeminência em determinada área se apresentando para auditórios vazios. A pergunta que nos rondava era: como cativar essa audiência? Como prender a atenção do jovem estudante, já acostumado à nova dinâmica dos gadgets, à velocidade das buscas no Google e, em alguns casos, apenas satisfeitos com a leitura diagonal de páginas aleatórias espalhadas na internet? A falta de respostas para essas perguntas parecia um paradoxo quando con- frontada com a ansiedade da comunidade ao debate de importantes assun- tos contemporâneos. Foi dentro desse contexto que fomos procurados pela professora Cláudia França com sua proposta inovadora, fruto da sua tese de doutorado, apre- sentada num formato desafiador: o projeto Ciência, café e cultura. Bas- tou uma rápida descrição e o modelo largamente interativo nos pareceu apresentar a resposta perfeita para quebrar a formalidade dos debates e discussões. Era essa formalidade que acreditávamos ser a barreira para que as discussões pudessem fluir de maneira mais natural, atraindo a atenção e a participação da juventude do CEFET-MG . Imediatamente garantimos total apoio à ideia por perceber que valeria a pena investir nesse novo formato, bem mais flexível e com forte componente 11