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construindo sua prática com imagens não pode apenas dizer “que pena” e tirar outra imagem quando não ficar como você queria. Para assegurar que suas imagens sempre sejam de excelente qualidade, lembre-se destes três pontos principais: posicionamento, técnica e colimação. Quando estas três condições são satisfeitas, você terá uma bela imagem sempre, seja por filme, radiologia computadorizada (CR) ou radiologia (DR). Estes são os princípios básicos da captura de imagens e funcionam em conjunto um com o outro. Vamos dar uma olhada neles em mais detalhes. Posicionamento é o mais importante dos três. Estima-se que 85% de todas as im agens repetidas sejam devido a erros no posicionamento. A maioria dos sistemas modernos de raios X vem equipada com controles de exposição automática, também conhecidos como AECs ou AEDs. Também são às vezes referido como fotossincronização. Estes aparelhos são câmeras de ionização que medem uma quantidade pré definida de radiação e quebram o circuito de tempo quando uma dose suficiente para produzir a densidade de filme desejada foi obtida. Ao usar um AEC, é imperativo que a localização da câmera de ionização possa ser determinada e o posicionamento preciso do tecido sobre o local possa ser alcançado. Aparelhos com exposição automática fornecem uma densidade de qualidade diagnóstica apenas para estruturas posicionadas diretamente acima das câmeras de ionização.1 A função do AEC é eliminar a necessidade dos radiologistas definirem um tempo de exposição. Porém, devem ainda ajustar manualmente o mA e kVp. A falha em posicionar adequadamente sobre o AEC tem um grande impacto sobre a técnica de exposição, o que discutiremos a seguir. E a falha em posicionar corretamente sobre o AEC fará com que a exposição termine prematuramente, produzindo uma imagem com pouca exposição, com má qualidade de imagem. Técnica, para fins deste artigo, refere-se aos fatores de exposição de kVp, mA e mAs. Pense na técnica como a luz em uma câmera com filme. Se você tirar uma foto com pouca luz, não haverá luz suficiente para expor o filme e a “85% de todas as imagens repetidas são devido a posicionamento errado.” imagem terá pouca exposição. Se exposta a muita luz, a imagem terá muita exposição. O mesmo se aplica em radiografia com filme. Se as técnicas de exposição forem muito baixas, o filme fica com pouca exposição, e se forem muito altas, terá muita exposição. Mas tenha em mente que não necessariamente é o caso com imagens digitais como CR e DR. Na imagem digital, a densidade do filme permanecerá a mesma, não importando as técnicas de exposição, mas a quantidade de ruídos de imagem aumentará ou diminuirá, dependendo das técnicas de exposição. Ruído de imagem é apresentado como uma aparência de ramificação no filme, como se tivesse sido borrifado com sal e pimenta. Este artefato, causado por pouca exposição da imagem, diminui a quantidade de detalhes que podem ser vistos em uma imagem e podem resultar em diagnóstico errado. Uma imagem com superexposição terá menos artefatos, mas resultará em exposição desnecessária à radiação do paciente. Uma exposição muito longa também pode causar saturação do receptor. Neste caso, informações da imagem serão perdidas e um novo serviço será necessário – com o paciente sendo exposto a mais radiação. Colimação ou aparelhos com limitação de feixes, é usada para diminuir a quantidade de radiação desnecessária espalhada sobre o paciente. Ao diminuir a radiação espalhada, você aumenta detalhes e contraste na imagem. continua na página 20 19