HONDA, O PLANO A!
O ano de 2014 foi um ano difícil para a McLaren
e no fundo toda a gente sabia que assim iria ser.
Depois do anúncio da entrada da Honda para
2015, a parceria McLaren/Mercedes ficaria sempre fragilizada, mas o pior nem seria isso. O pior
seria o repetir dos erros do passado.
A McLaren passou ao lado do campeonato em
2011, onde claramente tinha um carro para fazer
frente aos Red Bull, algo que não foi conseguido
devido a falhas de fiabilidade do motor. Desde
aí, a equipa acumulou erros atrás de erros no
desenho dos carros, especialmente na parte aerodinâmica. Foi assim em 2013, com um carro
fraco e 2014 não foi diferente. Tanto que esse
departamento foi completamente reformulado e
tem agora alguns dos melhores engenheiros da
especialidade. Infelizmente essa remodelação
não chegou a tempo de afectar o carro de 2014
com os resultados que se viram.
O carro nunca foi capaz de aproveitar o poder
dos novos motores Mercedes e a equipa viu-se
obrigada a lutar apenas pelo 5º lugar, algo que
esteve em perigo até a última corrida, levando a
melhor sobre a Force India.
Ao nível competitivo, o 5º lugar é manifestamente pouco para uma equipa com o orçamento da
McLaren. Chegar ao fim do ano e ainda ver o lu12 | Chicane Motores
gar ameaçado pela Force India é claro sinal que
algo tinha de mudar radicalmente, mas o grande
ponto negativo do ano, foi a gestão da definição
da dupla de pilotos para 2015. Alonso era um namoro antigo e era previsível que se a Ferrari não
melhorasse, o espanhol quisesse tentar a sua
sorte noutro lugar. O que espantou foi a indecisão em relação ao parceiro do espanhol. A escolha entre Button e Magnussen era claramente
difícil, mas adiar assim tanto a decisão não fez
bem aos pilotos. Tornou-se numa situação muito
difícil de gerir e muito injusta para os pilotos, que
ficaram presos à esperança de se manter na F1,
não optando por outros campeonatos ou outras
equipas até. Um ano para esquecer e com muito
para aprender.