Chicane Motores Vol1 - Julho de 2014 | Page 51

António Félix da Costa

Um início muito prometedor deu lugar a uma queda gradual de forma.

2013 foi um ano ingrato para Félix da Costa. Depois de um ano de sonho no WSR e de ser considerado o 8º melhor piloto do mundo pela Autosport, o português entrou na 2ª época no WSR como grande favorito, a par de Kevin Magnussen. Mas o ano não correu bem. Azares e erros pagos de forma demasiada cara atiraram o nosso Formiga para 3º lugar. E quando se pensava que a porta da F1 não se ia fechar, os russos resolveram atirar com dinheiro para a Toro Rosso e Danil Kvyat saltou do GP3 para a F1, uma decisão que ainda hoje nos causa um forte amargo de boca.

Restavam poucas soluções a Félix da Costa. Ficar no WSR o que não seria favorável a sua evolução, ir para o GP2 o que bem vistas as coisas seria um retrocesso, pois o WSR é cada vez mais a porta de entrada da F1. Pouca gente esperava que a decisão caísse para o DTM. Uma categoria muito competitiva, com grandes estruturas, excelentes pilotos e carros cujo comportamento não se afasta muito dos monolugares. Além disso, o calendário do DTM permitia assumir as funções de piloto de testes e de reserva da Red Bull.

Muitos criticaram a decisão por não se tratar de uma fórmula. Nós achamos bem pois o DTM é um campeonato que apreciamos muito e cuja competitividade poderia fornecer outras armas a Félix da Costa.

O português foi para a BMW, vencedora do campeonato de construtores do ano passado e que estreava o novíssimo M4.

A adaptação do Formiga decorreu sem problemas e conseguiu tempos muito competitivos nos primeiros testes.

A primeira corrida chegou e começou logo a brilhar. com um 3º lugar na qualificação mas foi remetido para 4º pois ultrapassou os limites da pista e a volta foi lhe retirada. E na corrida a primeira metade foi excelente. Rápido, como se um veterano do DTM se tratasse, andou sempre no top5 até que na tentativa de passar Scheider cometeu um erro e atirou ambos os pilotos para fora de pista. Podia ter subido ao pódio de forma fácil.

A história repetiu-se na corrida seguinte. Excelente qualificação, boa corrida até tentar passar por Scheider (outra vez ele), tocando no alemão e ficando de fora da corrida.

A Hungria foi o palco onde teve direito aos primeiros pontos. Numa corrida onde até chegou a liderar, usou os pneus em demasia e pagou a factura no final. Ainda assim o 8º lugar parecia indicar que o piloto ia agora começar a recuperar o tempo perdido.

Chegou Norisring e o primeiro fim-de-semana francamente negativo. Tudo correu mal. A qualificação foi desastrosa e ficou em 23º. Na corrida não foi melhor. Subiu para 17º mas muito longe do ritmo que tinha mostrado no início e ainda por cima foi penalizado descendo para 20º.

A partir daí, as prestações de Félix da Costa nunca mais foram as mesmas. Moscovo não foi uma pista favorável para o português que foi 13º na qualificação e 11º na corrida, que se não tivesse sido encurtada devido a entrada do Safety Car, podia ter facilmente ter dado pontos ao nosso Formiga.

A última corrida foi na mesma toada azarada. Na qualificação não foi outra vez além do 13º e na corrida foi obrigado a desistir devido a um problema mecânico.

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