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Miguel Oliveira
Um talento à espera de voar para o MotoGP
Miguel Oliveira é a personifica a nossa esperança em ter um piloto nacional no MotoGP. O português deixou, no final de 2012, de pilotar uma Honda para ser o piloto escolhido pelo projecto ambicioso dos indianos da Mahindra. Tentar chegar ao cume do Moto3, tanto para construtor como para pilotos, era o objectivo. Era, porque se em 2013 a moto era uma scooter, este ano parece uma trotinete! A diferença em curva era por demais evidente e a Mahindra não era rápida em recta. A moto sofreu algumas alterações durante o ano e nas últimas provas tem-se visto mais do piloto, muito por causa das alterações mecânicas. Uma coisa é certa, Miguel Oliveira é um bom, muito bom piloto. Não escrevo isso por ser português! Escrevo porque é a verdade.
Brad Binder, piloto da Ambrogio Racing, que pilota uma Mahindra (enquanto Miguel Oliveira pertence à equipa oficial da Mahindra), conseguiu o segundo lugar na prova alemã, em Sachsenring. Miguel Oliveira conseguiu o primeiro pódio na prova anterior, na Holanda, apenas um terceiro lugar. E aí encontramos o calcanhar de Aquiles do português esta época. Como é que um piloto não oficial, bateu (em termos de melhor lugar) o piloto da equipa oficial? Oliveira tem sido sempre profissional, mas pensamos que o jovem do Pragal quer dar o salto, mais que merecido, tem de sair da Mahindra. A hipótese já se colocou: ocupar a possível vaga de Jack Miller na Red Bull KTM Ajo. Seria espectacular! Se a KTM conseguir manter a boa moto que tem, numa estrutura muito boa, Oliveira é capaz, a nosso ver, de chegar mais alto. E mais alto significa vitórias!
A Mahindra tem já um acordo para o fornecimento de motos para a equipa Mapfre Aspar Team em 2015, enquanto as motos indianas continuam a ser construídas pela Suter. A Aspar foi durante algum tempo uma das melhores equipas no tempo das 125cc, mas no aparecimento 250cc a quatro tempos, do actual Moto3, a equipa espanhola deu um passo atrás. Neste momento apenas consegue colocar uma moto (KTM) a correr, contudo, ao passar a ser fornecida pela Mahindra, vai conseguir ter duas motos inscritas. Por outras palavras…o trabalho de Miguel Oliveira está feito na equipa indiana! Conseguiu que a Mahindra fosse reconhecida como boa escolha (e possivelmente mais barata) para o fornecimento de motos a equipas do meio da tabela. A equipa indiana tem três pódios na sua curta história, dois deles conquistados por Miguel Oliveira.
Esperamos uma melhoria nos últimos GP´s para o tuga, que com algumas melhorias na moto, possivelmente conseguirá ultrapassar Enea Bastianini na geral!