Chicane Motores Vol1 - Julho de 2014 | Page 24

#1 Rally de Monte Carlo:

A prova de abertura do mundial realizou-se como é habitual nas serras Monegascas, com a realização do Rally de Monte Carlo. Esta prova marcava também o início de uma “nova vida” da Hyundai no WRC, pois marcava a sua reentrada, passados alguns anos do projecto “Accent”, que falhou em toda a linha. A marca coreana regressava desta maneira ao Mundial de Ralis, com o I20 WRC, numa aposta forte por parte da Hyundai, ainda apara mais com a aquisição de pilotos de créditos já confirmados. T. Neuville e D. Sordo eram os senhores que se apresentavam na partida para o Rally de Monte Carlo a defender as cores da marca coreana. As espectativas eram de contenção, mas o facto de este dois pilotos serem autênticos especialistas em pisos de asfalto, (recorde-se que Sordo foi 2º Monte Carlo pela Mini em 2011) trazia alguma espectativa para a estreia do novo construtor do WRC.

Mas aquilo que poderia ser uma estreia de sonho não foi mais que uma estreia de “pesadelo”, já que T. Neuville logo na primeira especial do Rally, saiu de estrada e dava por terminado logo ali a sua participação na prova, nem sequer dando hipótese de perceber o que valeria este Hyundai I20 WRC, nas suas mãos. Já D. Sordo ainda deu um ar de sua graça, marcou alguns tempos competitivos, era 3º na geral até que na ligação para a SS5 o seu Hyundai ficou sem bateria, o que ditava o fim de prova do segundo carro coreano e o final da sua estreia, pois em Monte Carlo não existe “Rally2”, não havendo por isso possibilidade de regressar no segundo dia.

Numa prova tão difícil e imprevisível como Monte Carlo, onde as condições meteorológicas são uma grande condicionantes, foram muitos os abandonos. F. Delecour, a comemorar os 20 anos da sua vitória nesta mesma prova, não passou da SS1, bem como M. Prokop. Mais tarde seria R. Kubica, que era 4º na geral, a ficar pelo caminho, com a muita neve e as placas de gelo e ditarem os erros fáceis por parte de vários pilotos.

Quem se encontrava alheio a isto era mesmo Ogier que liderava. Ainda assim teve de lutar com um muito rápido B. Bouffier, que chegou inclusive a liderar, mas já no último dia foi dilatando a sua vantagem para a concorrência, ajudado pelo atraso de Latvala, pois um furo na SS8 fê-lo perder mais de 3 minutos e com isso deitar por terra a hipótese de vencer a prova.

Ogier abria assim a temporada a vencer, com B. Bouffier a realizar uma grande prova a ficar na segunda posição e K. Meeke a completar o pódio, numa boa estreia do britânico pela Citroen, na condição de piloto a “full time”.

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