Chicane Motores Vol1 - Julho de 2014 | Page 18

Um ano francamente mau da Ferrari, que apenas é disfarçado pelas dificuldades das outas equipas e essencialmente pelo talento de Alonso. O trabalho feito pela equipa comparada com a Mercedes é mau. Era, a par da equipa alemã, a única que podia trabalhar o motor e o chassis em simultâneo, criando um pacote mais homogéneo e equilibrado. Não o fez. O chassis é de difícil trato e o motor não é competitivo. Saiu tudo ao lado. Mais uma vez a Ferrari vê-se obrigada a mudar e a repensar a sua organização. Domenicali saiu e deu lugar a Mattiacci. O chefe do departamento dos motores foi dispensado. Basicamente é baralhar e dar de novo. Vale o espanhol que mantém, como sempre tem feito, a honra da casa. A Ferrari tem potencial humano para fazer mais e melhor, mas pelos vistos a pressão que era colocada nos engenheiros prejudicava o processo criativo da equipa para encontrar soluções novas e eficazes. Fala-se num possível regresso de Ross Brawn, pelo menos como consultor. A verdade é que o desperdício de potencial da Ferrari é criminoso. Mas suspeitamos que a Scuderia está a preparar um futuro melhor.

Nota: 5

Era o ano do recomeço. Depois de uma fase horrível, a equipa reagrupou, contratou melhor e começou de novo. Claire Williams assumiu a chefia da equipa, Pat Symonds entrou como director e toda a sua experiência melhorou e simplificou os processos da equipa. Isso aliado a entrada de staff técnico de qualidade, como é o caso de Rob Smedley que veio da Ferrari, proporcionou condições para uma melhoria significativa da equipa. E começou bem esta revolução. Até agora o desempenho da equipa, comparado com o ano passado, é como da noite para o dia. Um carro simples, bem feito, rápido em recta e equilibrado o suficiente para fazer coisas interessantes este ano. Não se pedia mais nada à equipa, embora o potencial que o carro mostra faça subir inevitavelmente a fasquia. Mas vir de um ano como 2013 e recuperar logo o ânimo é excelente. É óbvio que a exigência vai subir ainda mais. Mas para já as coisas parecem bem. Até a parceria com a Martini trouxe um novo colorido à F1 e à equipa. Um regresso que se saúda. É bom ver a Williams ressurgir. Esperemos que seja um crescimento sustentado até ao topo.

Nota: 7

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