Chicane Motores Vol. 3 (mensal) | Page 56

É preciso que as equipas que mereçam recebam mais. Equipas como a Lotus, a Force India que têm trabalhado muito bem, mereciam receber mais por parte da FOM, para poderem crescer mais e assim ameaçar as equipas de topo. Em 2012 e 2013 a Lotus com metade do orçamento fez melhor que Mercedes, McLaren e Ferrari até. De que seriam capazes se tivessem mais dinheiro? A própria Force India já mostrou que consegue trabalhar com qualidade.Mas enquanto a F1 for demasiado elitista,as equipas vão ter sempre dificuldade em conseguir patrocinadores e como o dinheiro que vem da FOM não chega, só há duas soluções. Não gastar e não ser competitivo… ou arriscar, gastar o que não se tem e esperar que os resultados compensem. É neste limbo que as equipas vivem. F1, quando se viu claramente no ano passado que as pistas “clássicas” são aquelas que melhor espectáculo proporcionam. A F1 vive dos fãs e os fãs fazem-se nas pistas. Levar a F1 para longe de quem gosta da modalidade é um erro. Bernie Ecclestone faced a fourth day of questioning at the high court. A F1 precisa de fazer o que sempre fez. Evoluir. Não ao nível da tecnologia mas sim da filosofia seguida por quem manda. Precisa de ideias novas, sangue novo. Precisa de ser ver livre de Bernie. É preciso que o velho se reforme de vez e que entregue a direcção da F1 a pessoas com visão de futuro e que queiram atrair novos fãs. É preciso que a F1 seja publicitada como deve ser. Que a ideia que as corridas são monótonas e previsíveis seja erradicada, pois até esse argumento é falso. Quem viu a época de 2014 não pode dizer que não teve emoção. É preciso que Quem manda na F1 tem de sair. Custa muito ver a F1 de uma vez por todas deixe de dar tiros nos a F1 ir para países, com fama de prática de ne- pés. gócios menos claros e onde Bernie estende a passadeira vermelha a pessoas que não fazem boa publicidade. Custa ainda mais ver grandes pistas serem esquecidas para que o apetite voraz de quem come “à pala” da F1 seja saciado. Ver que a F1 vai para países como o Azerbaijão, Emirados Árabes Unidos ou Bahrein cuja a cota de adeptos de F1 deve ser tão grande como a de adeptos do Carcavelense (com todo o respeito pelo clube), não faz sentido. Ver investimentos gigantescos como as pistas da Turquia e da India serem simplesmente riscadas depois de todo o esforço e dinheiro gasto, mostra o fraco planeamento. É aflitivo ouvir que pistas como Monza, Spa e Silverstone podem não receber a 56 | Chicane Motores