isso. Eu vejo em ti a solidão de
quem se rodeia por gente para
preencher o vazio da vida. Vejo
em ti alguém com medo do
futuro, medo do impensável,
medo do desconhecido, medo
do que não se pode ser. Mas,
por outro lado, vejo em ti uma
pessoa pura, ciente de si
mesma e das suas capacidades, completamente apta a
destruir qualquer pessoa em
qualquer tipo de área mas
novamente... o medo e a ansiedade leva o melhor de ti.
Dei-te tudo menos calma, fui o
teu furacão numa tarde de
Primavera. És como uma flor,
mas não uma rosa, talvez um
mal-me-quer pois representas
dois polos distintos, o sim e o
não; dependendo da maneira
como uma pessoa começa a
falar contigo já sabe o desfeito.
Tenho saudades da maneira
como decidias fazer spam do
nada a dizer o quão grande era
o teu amor por mim, se bem
que à medida que o tempo foi
passando a possessividade
levou o melhor de mim e esses
textos começaram a ser substituídos por falas em branco, por
dias sem falar, por meses sem
dirigir a palavra um ao outro e
esse espaço levou o melhor de
ti, o melhor de mim, o pior de
nós. Se eu pudesse voltar atrás
no tempo deixaria tanto de
olhar para o meu umbigo e ver
tudo o resto com a minha
visão periférica, mas passaria a
ver o mundo com os meus
próprios olhos, estaria ao teu
lado mesmo quando não
quisesses, nunca teria virado
as costas quando, mesmo não
pedindo, tudo o que querias
era que eu ficasse. Amei-te
porque... não... amo-te porque
és diferente e tu sabes que eu
gosto do diferente. Amo-te
porque sei quem tu és mesmo
que tu penses que ninguém
sabe. Amo-te por pensares nos
outros e não te amares tanto a
ti, assim dás-me a oportunidade de o fazer quando tu não
consegues. Amo-te porque tu
és tu, assim, simples.