Ainda estou a tentar encontrar
a razão pela qual fiquei tão
enfeitiçado por ti, deixaste-me
completamente apegado, a ti
e a tudo o que representas.Deixaste-me como se o
mundo fosse acabar e eu não
me soubesse a quem agarrar
para além de ti. Tens isso em ti,
o encanto desencantado
desse jeito desajeitado. Tens
em ti todas as decrementas
possíveis mas ao mesmo
tempo a sabedoria e inocência
de uma criança de cinco anos.
Gosto de ti por seres assim. Por
ser inexplicável e incoerente.
Um vazio repleto de ar e um
todo cheio de nada. Não tens
maldade em ti, não tens ranco-
res, ódios, tristezas, somente
felicidade. Invejo-te por seres
tudo o que não sou e tudo o
que queria vir a ser. Deus,
como eu te amo e tenho
saudades tuas. Espero que
daqui a uns anos olhes para
trás e não te arrependas de
nada pois tu, Chelsea, representas o que há de bom nas
pessoas e na sociedade. Onde
o mal reina, tu desfilas (vês?
Tenho piada de vez em
quando). Quero-te pintar,
assim posso-te pendurar em
casa pois era estranho ter-te a
ti, fisicamente, pendurada.
Quero levar-te para todo o
lado, por isso mais valia transformar-te num objeto. Já sei!
Serias um cachorro perfeito,
não teria de te ouvir falar (o
que deves em quando incomoda porque deus... quando
começas a falar...) e poderia
levar-te para todo o lado sem
me preocupar com nada. Quero-te para mim, mas isso já é
pedir muito. É estranho ter de
dividir com o mundo uma
pessoa como tu, frágil que se
poderia vir a quebrar com a
maldade que rodeia este
ambiente. Mas, quem sou eu
para falar. Talvez seja melhor
deixar-te assim como estás,
um pássaro fora da sua gaiola,
que voa até ao desconhecido
pensando ser livre mas não é;
ninguém o é.