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TRAJE PORTUGUÊS DE EQUITAÇÃO
ÀS AMAZONAS E AOS CAVALEIROS TRAJADOS À PORTUGUESA
O Traje Português de Equitação exigirá:
Para as Amazonas que se apresentem não escarranchadas:
Chapéu de aba larga e lisa, igual ao do cavaleiro mas de aba revirada
(Chapéu Dona Amélia), ou de aba menos larga que a do chapéu do
cavaleiro (Chapéu Serrano), ambos adornados com pompons de prefe-
rência de seda. A copa é ligeiramente convexa; Camisa branca, pregue-
ada ou com folhos; com laço de seda, ou com pregadeira ou com abo-
toadura dupla no colarinho; Jaqueta curta, sem colete, cortada a direito
nas costas; no restante o modelo é livre seguindo a moda feminina do
Sec.XIX, com característacas que a tornam fácilmente distinguível da
jaqueta masculina; cinta de cetim, seda, lã ou algodão; calções que
apertam, dos dois lados da cintura, por botões e que terminam num
canhão no tornozelo, também fechado por botões; saia larga de roda;
botinas de “calf” ou verniz com salto, fechadas por botões em casas;
esporas de braços rectos e pua direita, ou de “lira”, (assentes na vira
do tacão) ou espora de encaixe; luvas de pele; capa curta, como abafo.
Para as Amazonas que montem escarranchadas: ca, de pregas e ou folhos, fechada no colarinho por abotoadura dupla;
jaqueta curta, cortada a direito nas costas fechada por alamares de
prata, ou de passamanaria, ou por botões (de pé) forrados, ou botões
de osso, de marfim ou de metal (nunca de plástico); colete; cinta preta
ou castanha de acordo com o tom do conjunto; calções ou calças. Os
calções são justos à coxa, fechados na face externa do joelho por bo-
tões em casas. Altos de cós e presos por suspensórios. Com os calções
usam-se botas altas, de “calf” ou verniz, abertas em “V” na extremidade
superior e anterior do cano. O tacão raso é de prateleira, onde assenta
a espora. Usa-se meia branca lisa subindo acima da rótula, cobrindo
a extremidade inferior dos calções. As calças são cortadas a direito
ao nível do tornozelo, sem dobra, de cor uniforme (sem padrão dito de
fantasia), de cós alto, bem acima da cintura, presas por suspensórios.
Com as calças usam-se botins de “calf” ou verniz, de salto de prateleira
onde assenta a espora. Com a calça podem também usar-se polainas
sobre bota de cano curto. As polainas podem fechar com: cordão de
cabedal, folha de oliveira ou travincas (não com pregos de metal, como
era de uso na caça); esporas de braços rectos e de pua direita ou de
Chapéu de aba larga e lisa, igual ao do cavaleiro mas de aba revira-
da, (Chapéu Dona Amélia), ou de aba menos larga que a do chapéu
do cavaleiro (Chapéu Serrano), ambos adornados com pompons de
preferência de seda. A copa é ligeiramente convexa; camisa branca,
pregueada ou com folhos, com laço de seda, ou com pregadeira ou
com abotoadura dupla no colarinho; jaqueta curta, sem colete, cortada
a direito nas costas; No restante o modelo é livre seguindo a moda
feminina do Sec.XIX com característacas que a tornam fácilmente dis-
tinguível da jaqueta masculina; cinta de cetim, seda, lã ou algodão;
calções que apertam, dos dois lados da cintura, por botões e que termi-
nam num canhão no tornozelo, também fechado por botões; saia, mais
comprida que os calções, aberta à frente e atrás, numa prega fingida.
A saia é larga perpassando o suficiente para que a amazona possa
andar sem mostrar os calções; botins de “calf” ou de verniz, iguais aos
dos cavaleiros, ou com salto igual ao da botina de amazona, mas em
ambas as opções com “prateleira” para suporte da espora; esporas de
braços rectos e pua direita, ou de “lira”assentes no salto de prateleira
ou espora de encaixe; luvas de pele; como abafo: capa curta, jaqueta
de abafo, samarra, capote alentejano.
Para os Cavaleiros (podendo também ser usados pelas amazonas
que montem escarranchadas)
Chapéu de aba larga e lisa, de copa levemente convexa; camisa bran- lira ou esporas de encaixe; luvas de pele; safões de couro liso, com
decoração simples em todo o seu contorno, cortados nas extremida-
des inferiores a direito ou em redondo (neste caso ditos em “orelha de
mula”) apertados atrás, na cintura, com fivela; como abafo: jaqueta de
abafo, samarra, capote alentejano.
Nota: O colete é uma peça da indumentária masculina, não sendo por
isso recomendado no traje da amazona.
No Traje Português de equitação é incorrecto: O uso de gravata, cami-
sas em moda no sec. XVIII, dobra nas calças, calças de fantasia, safões
ditos “Zahones” de luxo à espanhola, chapéu à Mazzantini, esporas
colocadas na região do tendão de Aquiles, botões de plástico, polainas
fechadas com pregos de metal, ausência, no traje masculino, de colete,
de cinta ou a sua substituição por lenço do traje andaluz.
Nos Arreios: Os cavalos serão ajaezados com sela à Portuguesa ou
selim “à Relvas”; constituirão parte indispensável do arreio a rabichei-
ra, o xairel e o peitoral; os estribos poderão ser de caixa ou de argola
com pegada redonda; não deverá usar-se suadouro nem a capa de
protecção da sela; a cabeçada deverá ser de freio, com um ou dois
pares de rédeas e a sela “à Amazona” poderá ter peitoral, rabicheira,
xairel ou suadouro.
Nos arreios é incorrecto: O uso de “rodelas” de borracha, bridão, ligadu-
ras, caneleiras, serreta, gamarra, ou qualquer martingala.