Caminho de amor eterno
Quando falo de amor eterno, retorno a minha infância, antes
do primário, o convívio com meus avós maternos, minha mãe, meu
pai, os meus avós paternos mesmo com a distância era um
sentimento muito bom, lembro das madrugadas quando meu pai
saia para o trabalho eu acordava pelo menos para escutar o que
rolava e voltava a dormir nas madrugadas frias, porque ele
trabalhava muito para manter a família, o sentimento era de muito
carinho e amor, claro que tinha brigas, e duras que eu recebia e não
eram poucas pois lembro bem que eu e meus irmãos éramos
terríveis e merecíamos.
Lembro que brincava no pátio embaixo do pé de pessegueiro,
ameixa, araçá, laranja, limão, uva, parece que tínhamos um terreno
imenso, não era, mas muito bem distribuído por pés de frutas e
muitas sombras para os dias quentes de verão .
Após o almoço era aquela conversa que tínhamos que dormir,
tirar uma siesta, nunca fui muito nesse papo, era um briga só, então
ia para baixo dos pés de frutas brincar com meus carrinhos de
plástico e escutar músicas nas estações de rádios locais.
Um pouco mais grande íamos montar patinetes, jogar botão
na casa dos amigos, jogar futebol no campo que era bem próximo a
casa, andar de bicicleta, ou seja só aparecia em casa para comer
tomar banho e dormir, minha mãe ficava maluca, mas realmente
tínhamos muitas atividades ainda mais quando chegou a época
escolar.
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