Não posso negar que o convívio com a natureza, desfrutar da
vida, viver para si só é uma forma de egoísmo, mas precisei fazer isto
em meu inicio de ciclo sabático para saber o que queria para minha
vida, o que vislumbrava, quais meus sonhos e desejos, do que eu
sentia falta?
Mas o meu ciclo de Garopaba já estava no seu limite, estava
satisfeito com o período alongado, tenho em minha mente gravado
muitas coisas entre elas ótimos luais, noites na beira da lagoa,
dentro de um barco com a iluminação da lua, ou uma escuridão o
silêncio dos desertos e luz de uma vela aproveitando para ver a
imensidão das estrelas, as viagens alucinógenas que tínhamos em
algumas noites mágicas intermináveis, ou as festas nas casas dos
resistentes do inverno, senti que aproveitei bastante, mas chegou a
hora, sabia que a vida me ofereceria novos caminhos.
Cheguei a Florianópolis, e nunca imaginei que por ali ficaria
tanto tempo que seria tão feliz, ali eu encontraria a maioria das
coisas que buscava em minha vida, realizações, amor, trabalho, que
ali eu viveria coisas incríveis, conhecesse pessoas que mudariam
tudo, cresci, fiz grandes amizades, claro que nem tudo são flores,
mas isto faz parte da vida e isto não é um conto de fadas são
fragmentos de uma vida de um ser maluco, sonhador que nunca
deixa de acreditar na vida no amor e nas pessoas.
Neste tempo de Florianópolis posso dividir em 3 ciclos de
mais ou menos 6 anos, com amizades distintas por cada período,
muito trabalho, lazer, viagens, aprendizados, com acertos e erros,
claro que isto depende muito da visão e ótica de cada expectador.
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Como saberemos?
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