Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 406

Página | 406 APLICATIVOS MÓVEIS PARA APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS POR PESSOAS CEGAS Deyse Kelle Alves Oliveira (UFMA) [email protected] Orientador: João da Silva Araújo Júnior (UFMA) [email protected] RESUMO: Esta pesquisa, ainda em fase inicial, vinculada ao projeto Aplicativos digitais na aprendizagem de línguas, tem como objetivo analisar os aplicativos móveis para aprendizagem de línguas por pessoas cegas para identificar ferramentas com potencial para a promoção da interação comunicativa para esses aprendizes. Para tal, partimos da seguinte questão norteadora: que estratégias de aprendizagem (EA) (OXFORD,1990) podem emergir no âmbito do uso de aplicativos digitais móveis (app) por aprendizes cegos que objetivam aprender uma língua estrangeira? Nas pesquisas voltadas para o uso de tecnologias digitais na aprendizagem de línguas, é cada vez mais corrente a compreensão de que a aquisição de uma língua estrangeira ocorre mediante a mobilização de estratégias individuais pelos aprendizes no âmbito do uso dessas tecnologias. Nesse sentido, entendemos o processo de aprendizagem como um Sistema Adaptativo Complexo (SAC) (LARSEN-FREEMAN, 1997), o qual envolve uma série de fatores (agentes) que interagem de forma dinâmica e aleatória (PAIVA, 2009), entre tais fatores, o tecnológico. Em função disso, entendemos que a internet possibilita o uso de uma série de ferramentas que podem ajudar a ampliar os conhecimentos e as ações do aprendiz no processo de aprendizagem e de uso da língua alvo. Nesse sentido, consideramos que os aplicativos digitais (apps), programas com grande número de usuários, instalados em smartphones ou computadores, constituem um importante suporte no que tange à possibilidade de mobilização de estratégias individuais dos mais variados tipos, desde as cognitivas até as sociais. A relevância das estratégias de aprendizagem (EA) na aquisição de línguas fica evidente em pesquisas como a de Oxford (1990), que identifica a ocorrência significativa de cada uma das EA na aprendizagem de uma língua. Em seu estudo, a autora compreende as EA como ações, comportamentos e pensamentos voltados para processamento e transformação do input linguístico pelo aprendiz. Para viabilizar o objetivo desse estudo, realizaremos uma pesquisa de natureza exploratória (LAKATOS, 2001) buscando identificar ferramentas/aplicativos digitais voltados para a aprendizagem de línguas por pessoas cegas, ao mesmo tempo em que buscaremos identificar as estratégias individuais que podem emergir a partir do uso dessas ferramentas. Palavras-chave: Aplicativos Móveis; Aprendizes Cegos; Estratégias de Aprendizagem; Aprendizagem de Língua Estrangeira.