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APLICATIVOS MÓVEIS PARA APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS POR PESSOAS
CEGAS
Deyse Kelle Alves Oliveira (UFMA)
[email protected]
Orientador: João da Silva Araújo Júnior (UFMA)
[email protected]
RESUMO: Esta pesquisa, ainda em fase inicial, vinculada ao projeto Aplicativos digitais na
aprendizagem de línguas, tem como objetivo analisar os aplicativos móveis para aprendizagem
de línguas por pessoas cegas para identificar ferramentas com potencial para a promoção da
interação comunicativa para esses aprendizes. Para tal, partimos da seguinte questão
norteadora: que estratégias de aprendizagem (EA) (OXFORD,1990) podem emergir no âmbito
do uso de aplicativos digitais móveis (app) por aprendizes cegos que objetivam aprender uma
língua estrangeira? Nas pesquisas voltadas para o uso de tecnologias digitais na aprendizagem
de línguas, é cada vez mais corrente a compreensão de que a aquisição de uma língua estrangeira
ocorre mediante a mobilização de estratégias individuais pelos aprendizes no âmbito do uso
dessas tecnologias. Nesse sentido, entendemos o processo de aprendizagem como um Sistema
Adaptativo Complexo (SAC) (LARSEN-FREEMAN, 1997), o qual envolve uma série de
fatores (agentes) que interagem de forma dinâmica e aleatória (PAIVA, 2009), entre tais fatores,
o tecnológico. Em função disso, entendemos que a internet possibilita o uso de uma série de
ferramentas que podem ajudar a ampliar os conhecimentos e as ações do aprendiz no processo
de aprendizagem e de uso da língua alvo. Nesse sentido, consideramos que os aplicativos
digitais (apps), programas com grande número de usuários, instalados em smartphones ou
computadores, constituem um importante suporte no que tange à possibilidade de mobilização
de estratégias individuais dos mais variados tipos, desde as cognitivas até as sociais. A
relevância das estratégias de aprendizagem (EA) na aquisição de línguas fica evidente em
pesquisas como a de Oxford (1990), que identifica a ocorrência significativa de cada uma das
EA na aprendizagem de uma língua. Em seu estudo, a autora compreende as EA como ações,
comportamentos e pensamentos voltados para processamento e transformação do input
linguístico pelo aprendiz. Para viabilizar o objetivo desse estudo, realizaremos uma pesquisa de
natureza exploratória (LAKATOS, 2001) buscando identificar ferramentas/aplicativos digitais
voltados para a aprendizagem de línguas por pessoas cegas, ao mesmo tempo em que
buscaremos identificar as estratégias individuais que podem emergir a partir do uso dessas
ferramentas.
Palavras-chave: Aplicativos Móveis; Aprendizes Cegos; Estratégias de Aprendizagem;
Aprendizagem de Língua Estrangeira.