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ALBERT CAMUS OU UM DIÁLOGO ENTRE SOMBRAS: UMA APROXIMAÇÃO
ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA
Adonay Ramos Moreira
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Orientador: Prof. Dr. Flávio Luiz de Castro Freitas
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Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFMA
RESUMO: Na história do pensamento ocidental do século XX, um jovem autor desconhecido
vindo da Argélia chamou atenção, e sua obra, de alguma forma, marcou toda a intelectualidade
de sua época e colocou a nu um dos aspectos mais sombrios da modernidade: o absurdo. Seu
nome era Albert Camus, e, 1957, esse obscuro argelino ganharia o Prêmio Nobel de Literatura,
que o consagraria de vez como uma das grandes personalidades de seu tempo. Camus é um
autor singular na história do pensamento europeu moderno. Oscilando entre a literatura e o
ensaio filosófico, sua obra é uma profunda meditação sobre o destino de uma humanidade
despida de todos os símbolos da transcendência, e representa um resgate da velha tensão entre
literatura e filosofia, entre razão e emoção. Nesse sentido, o objetivo geral do presente trabalho
consiste em analisar a relação entre filosofia e literatura na obra de Albert Camus. Os objetivos
específicos são dois: por um lado, apontar as mudanças ocorridas na filosofia do final do século
XIX que possibilitaram o aparecimento do conceito de absurdo e, por outro, analisar como o
autor, no romance “A Peste”, conseguiu fundir as duas faces da moeda do pensamento
ocidental. Assim, chegar-se-á à conclusão de que o filósofo e romancista argelino foi um dos
primeiros intelectuais a, no século XX, conjugar literatura e filosofia de tal forma que elas
apontem tanto para os sintomas da condição humana quanto para possíveis soluções aos grandes
dilemas do homem moderno.
Palavras-chave: Filosofia. Literatura. Pensamento. Modernidade.