Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 216

Página | 216 ALBERT CAMUS OU UM DIÁLOGO ENTRE SOMBRAS: UMA APROXIMAÇÃO ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA Adonay Ramos Moreira [email protected] Orientador: Prof. Dr. Flávio Luiz de Castro Freitas [email protected] Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFMA RESUMO: Na história do pensamento ocidental do século XX, um jovem autor desconhecido vindo da Argélia chamou atenção, e sua obra, de alguma forma, marcou toda a intelectualidade de sua época e colocou a nu um dos aspectos mais sombrios da modernidade: o absurdo. Seu nome era Albert Camus, e, 1957, esse obscuro argelino ganharia o Prêmio Nobel de Literatura, que o consagraria de vez como uma das grandes personalidades de seu tempo. Camus é um autor singular na história do pensamento europeu moderno. Oscilando entre a literatura e o ensaio filosófico, sua obra é uma profunda meditação sobre o destino de uma humanidade despida de todos os símbolos da transcendência, e representa um resgate da velha tensão entre literatura e filosofia, entre razão e emoção. Nesse sentido, o objetivo geral do presente trabalho consiste em analisar a relação entre filosofia e literatura na obra de Albert Camus. Os objetivos específicos são dois: por um lado, apontar as mudanças ocorridas na filosofia do final do século XIX que possibilitaram o aparecimento do conceito de absurdo e, por outro, analisar como o autor, no romance “A Peste”, conseguiu fundir as duas faces da moeda do pensamento ocidental. Assim, chegar-se-á à conclusão de que o filósofo e romancista argelino foi um dos primeiros intelectuais a, no século XX, conjugar literatura e filosofia de tal forma que elas apontem tanto para os sintomas da condição humana quanto para possíveis soluções aos grandes dilemas do homem moderno. Palavras-chave: Filosofia. Literatura. Pensamento. Modernidade.