LARISSA NICOLOSI
A partir do ano de 2017, o curso de Comunicação Social na Universidade Federal do Paraná será gradualmente extinto. Isso se deve a partir de uma decisão antiga de reformulação curricular feita pelo MEC, tornando as três atuais habilitações – Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo – cursos distintos. A mudança entra em vigor no processo seletivo 2016/2017.
Desde 2010, foi criada uma comissão de especialistas para reformular as novas diretrizes de Jornalismo e Relações Públicas. Nessa mudança, declarou-se a separação das duas habilitações e, consequentemente, a de Publicidade e Propaganda do curso de Comunicação Social. Em 2012, essa reforma curricular foi aprovada, dando aos cursos de Comunicação um período dois a três anos para se adaptarem a todas as mudanças.
O novo currículo contará com a oferta de novas disciplinas, estágio supervisionado obrigatório de 200 horas, aumento da carga horária total, diminuição considerável da carga de optativas e regulamentação do TCC. As medidas não afetam apenas os futuros calouros, mas também os alunos que já cursavam comunicação. Uma das mudanças implica na exclusão da chamada permanência (ou mudança de habilitação), fazendo com que o aluno tenha que recorrer, por exemplo, à opção de reaproveitamento de curso superior posteriormente.
A reforma divide opiniões. De um lado, quem é contra explica que a mudança pode ser negativa pelo fato de que o mercado exige cada vez mais profissionais polivalentes e que o aumento da carga horária pode prejudicar o envolvimento do aluno com projetos, pesquisa e extensão. De outro lado está quem defende a mudança justificando que a especialização já era cogitada há tempos, além de que o campo de conhecimento, que no caso era a comunicação, se difere do que é a profissão em si, não afetando claramente o futuro profissional.
A mudança ocorrerá em todo o Brasil, e o curso de Comunicação Social será fechado assim que todas as turmas terminarem a graduação.
Cacos de Papel 3
O silêncio da Comunicação Social