aqui alguns pontos que podem nos ajudar a
reconhecer essas cachaças especiais: // Here are some
features that can help us identify these special cachaças:
Cachaça de qualidade/
/ High-quality Cachaça
by
Felipe Pompêo de Camargo Jannuzzi
Dizer que uma cachaça é boa ou ruim é uma questão de subjetividade. O legal da
cachaça é que temos variedades, tipos e preços que podem agradar os mais distintos
gostos. No entanto, deixando as preferências pessoais de lado, temos que entender
o que seria uma cachaça de qualidade. Muito além de obter selos de conformidade
do Ministério da Agricultura e seguir um manual de boas práticas de produção, uma
cachaça de qualidade é aquela que consegue se distinguir das outras marcas por ter
identidade. Afinal, num mercado com tantas marcas, o produtor precisa buscar o seu
espaço e ter uma assinatura própria – fazendo a sua cachaça ser especial! // To say
that a cachaça is good or bad is a matter of subjectivity. The cool thing about cachaça is
that there are several varieties and prices that vary accordingly, for every taste and pocket.
However, apart from all personal preferences, we have to understand what can be called
a high-quality cachaça. Beyond obtaining compliance stamps from the Brazilian Ministry
of Agriculture and following a manual of good manufacturing practices, a high-quality
cachaça is one that rises above the others for having character. After all, in a market with
so many brands, producers need to find their own space by offering a signature drink - a
cachaça that is special!
Terroir
Safrar a cachaça // Vintage
No Mapa da Cachaça acreditamos num
terroir para a cachaça, ou seja, em como
as características de um local de produção
podem influenciar o resultado sensorial final
da bebida. Fatores como qualidade do solo,
umidade, regime de chuva, incidência de raios
solares e até mesmo técnicas regionais de
produção, como o tipo de fermento usado,
influenciam o resultado sensorial do destilado.
Em um país tão grande como o Brasil, o
mapeamento dos principais terroirs é um
trabalho extenso, que o primeiro passo começa
com a aceitação do termo pelo mercado. // At
Mapa da Cachaça we believe that cachaça can
also be tied to a terroir, i.e., that cachaça is heavily
influenced by its place of production, which can
determine the characteristics of the final product’s
sensory profile. Factors such as type of soil,
humidity, rainfall levels, incidence of sunlight and
even regional production techniques, such as the
type of yeast used to ferment the juice, influence
the sensory outcomes of the distillate. In a country
as large as Brazil, the mapping of the main cachaça
terroirs is an extensive work, the first step being
the acceptance of the term “terroir” by the market
A partir do momento que aceitamos o termo
terroir da cachaça, então vamos safrá-las! Se
você é um pequeno produtor, que d estila um
volume pequeno de cachaça apenas na colheita
da cana, então safrar a cachaça faz ainda mais
sentido. Diferentemente do rum, a cachaça
só pode ser destilada com o caldo fresco da
cana-de-açúcar, portanto, safrar acaba sendo
algo natural e um grande diferencial para o
produtor artesanal. Agora, imagina o potencial
de identificar a safra. Em um ano de pouca
chuva, resultando em uma menor produção,
o resultado sensorial pode ser positivamente
surpreendente, podendo trazer propriedades
impares para a sua bebida. Safrar pode ser
uma maneira de comunicar ao consumidor que
aquele ano foi especial, agregando mais valor
ao seu produto. // From the moment we accept
the term terroir for cachaça, we can then have
a vintage for them! If you are a small producer,
who makes small batches of cachaça using only
the sugarcane you harvest, then determining
the vintage of your production makes even
more sense. Unlike rum, cachaça can only be
distilled from fresh sugarcane juice. Therefore, to
determine the vintage of the production ends up
being something natural and a great advantage
to the artisanal producer. Now, let me point
-> 21
-> 20
Traço