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diário debordo v POR MÁRCIA SANTOS CONHEÇA A LINDA HISTÓRIA DA IDEALIZADORA DO PROJETO SUPTRAVESSIAS QUE TEM COMO OBJETIVO DESBRAVAR LUGARES POUCO CONHECIDOS NO BRASIL E NO MUNDO REGISTRANDO TODA A SUA NATUREZA E HISTÓRIA. NO CAMPEONATO DE KAYAKSURF DE 2013, REALIZADO NA AUSTRÁLIA, A ESPORTISTA MANTEVE-SE ENTRE OS DEZ MELHORES ATLETAS DA AMÉRICA LATINA “T udo começou de maneira natural. Aprendi com os meus pais esse fascínio por viagens. Professores de educação física de um colégio paulistano, eles eram os responsáveis pelas excursões para os parques da Disney e sempre me levavam junto. Primeiro, para me divertir e depois, mais tarde, quando adolescente, para ajudá-los, uma vez que eu já conhecia bem todos eles. Para você ter uma ideia, estive mais de 15 vezes em Orlando (Estados Unidos) e acabei me tornando uma expert no destino! E olha que na mesma escola meus pais também organizavam os acampamentos e, claro, lá ia eu pelas viagens no interior paulista. Também tinha a nossa casa na praia, em Juquehy (no litoral norte paulista), lugar que me ensinou a desfrutar de todas as belezas do mar e de toda a natureza que o cerca... Acho que por causa disso finquei meu pé na aventura. Mais tarde, aos 22 anos e como integrante da primeira Equipe Brasileira de Rafting, com a qual conquistei o título de tricampeã nacional entre 1997 e 1999, participei de inúmeras provas no interior de São Paulo e nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Aliás, foram os esportes aquáticos que pratiquei ou ainda pratico – além do rafting, também kayaksurf, caiaque pólo, caiaque slalom, canoa havaiana, canoagem oceânica e Stand Up Paddle – que me levaram mais 12 Em 2012, em Galápagos, pude vivenciar os costumes do lugarK Fiiquei apaixonada pelas tartarugas...o Dá para resistir a esses bichos tão lindos? o longe. Desde 2003, já representei o Brasil em Mundiais e outros eventos de Kayaksurf na Irlanda, Costa Rica, Califórnia (EUA), Portugal, País Basco (Espanha), França e Austrália. Também surfei as fortes ondas de Galápagos (Equador) e da Pororoca do rio Araguari, no Amapá, a bordo de um caiaque. Mas foi em 2010, que a rotina de viagens se estabeleceu definitivamente em minha vida. Depois de descobrir o Stand Up Paddle (SUP) durante uma viagem ao Havaí, criei o Projeto SUPtravessias, que  tem como objetivo desbravar lugares pouco conhecidos no Brasil e no mundo para registrar sua natureza, história e curiosidades, tudo pela ótica feminina e do esporte, e ainda ajudar na preservação. Trata-se de uma mistura de surfe e remo, feita com uma prancha maior, mais resistente e mais larga do que a convencional. De lá para cá, não parei mais de praticar SUP em minhas viagens. Em 2011, fiz uma lendária travessia de Barra do Sahy até a Ilha Montão de Trigo, no litoral norte paulista. Em 2012, voltei a Galápagos, onde tive a oportunidade de remar ao lado de tubarões, tartarugas, arraias, leões marinhos e diversas espécies de peixes, em meio ao cenário paradisíaco da Ilha de San Cristóbal. Também estive no Arquipélago das Maldivas, no Oceano Índico, e na cidade balneário de Noosa, na Austrália, onde fiquei lado a lado com os simpáticos botos. Minha mais recente aventura aconteceu em outubro de 2013, na mítica Ilha de Páscoa, no Chile, localizada no coração do Oceano Pacífico. Fiquei impressionada com a intensidade da força da natureza desta que é a ilha habitada mais afastada de todos os continentes. Foi lá que enfrentei uma das remadas mais difíceis da minha vida, com correntes marítimas, ondas e ventos fortíssimos: a travessia até a ilha de Motu Nui, conhecida pela competição chamada Homem Pássaro, que tinha como regra definir o líder da ilha entre os 2013 BRASIL TRAVEL NEWS FOTOS: CRISTIAN RAPU EDMUNDS / MARCELO SILVA AS AVENTURAS DE ROBERTA BORSARI