conhecia
vivalma que desse
sinais de ser fanático como eu.
Recordo-me que a partir de 1993, e com a
vinda dele a Portugal, comecei a perceber
que afinal havia “seres brucelosos”,
espalhados por diversos “viveiros” de
norte a sul do país. Recordo-me bem de
um concurso
na falecida
Rádio Energia,
onde fui um
dos 6 finalistas
na procura
do “Maior
fã do Bruce
Springsteen”.
Fiz lá grandes
amizades que
cultivo até hoje
como o Carlos
Melo, Lurdes
Sousa, Miguel
Guedes, Nuno
Roldão e o
Vasco Brinca.
Apesar de ter
tido pouco
contacto com o
Vasco, e graças
à “magia” do
Facebook,
reencontrei-o
passados
quase 20 anos.
Recordo-me também de ter conhecido
duas irmãs, a Bárbara e Margarida
Mesquita, que moravam nos Olivais e
eram duas pessoas extraordinárias, mas
infelizmente nunca mais as vi.”
Este sentimento de afastamento era
comum entre aqueles que viriam a fazer
parte deste grupo. Para além do maior
sucesso comercial que foi o álbum de 1984
e ainda os singles “Streets of Philadelphia”
e “Secret Garden”, ambos fazendo parte de
bandas sonoras para os filmes Philadelphia
[Jonathan Demme, 1993] e Jerry Maguire
[Cameron Crowe, 1996], respectivamente,
a música de Bruce é praticamente
desconhecida do grande público em terras
lusas.
Lurdes Sousa evidencia este aspecto
dizendo que, “enquanto fã de Bruce
Springsteen, o ano 2000 foi para mim
muito mais do que uma data marcante no
calendário. Foi o início de um projecto
que, pela primeira vez na minha vida de
fã, me fez sentir acompanhada. Durante
anos senti-me uma espécie de bichinho
raro. Não ouvia as mesmas músicas que os
meus amigos e não conseguia fazer com
que eles percebessem o que essas músicas
significavam para mim. Por isso, nunca
esquecerei o primeiro encontro de fãs que
acabaria por dar início à BrucePT”.
A ideia do “estou aqui sozinho e
ninguém me
compreende”,
também é
partilhada
pelo
tive sobre a sua obra assim como a
possibilidade de ir acompanhado em
aventurosas viagens para os concertos do
Bruce”.
O encontro que teve lugar em Aveiro
juntava na mesma mesa, Carlos Melo,
Carlos do Carmo, Teresa Soares, Lourenço
Azevedo, Lurdes Sousa, Luís Friaças e
Renato Silva. Passados estes anos, Friaças
é categórico na ideia de que, “um pequeno
jantar transformou meia dúzia de pessoas,
distribuídas por Portugal, sem qualquer
ligação entre elas, no que considero
hoje uma legião de autênticos fãs de
tudo o que o Bruce engloba. Não falo só
da sua música, embora essa fosse mais
do que suficiente para justificar toda a
admiração que nós temos pelo Bruce. Por
detrás da sua música há uma mensagem
implícita com que me identifico e partilho
com estas excelentes pessoas que são a
BrucePT. Aliás, é na BrucePT que criei as
minhas melhores amizades”.
DEVILS & DUST - HARD ROCK CAFE, 2005
A edição do álbum Devils & Dust, a 26 de Abril
2005, teve direito a uma festa de lançamento
oficial no Hard Rock Cafe em Lisboa, uma
semana antes, com a apresentação do disco
a ser feita pelo malogrado locutor de rádio
António Sérgio.
Pretexto para esta festa foi também o
lançamento da t-shirt desenhada e autografada
por Bruce Springsteen, com o valor das vendas a
reverterem a favor da organização World Hunger
Year.
Igualmente presente neste evento estava
Ricardo Azevedo, vocalista na altura dos EZ
Special, que se propôs a tocar uma versão do
tema “Thunder Road”, mas devido a problemas
técnicos tal não foi possível. Valeu pela
intenção.
Antes desta Boss Party!, no dia 15 de Abril, alguns membros da
BrucePT tiveram oportunidade de ouvir o álbum em primeira mão antes ainda dos jornalistas - nos escritórios da Sony BMG em Lisboa,
na companhia do responsável máximo pela editora na Península
Ibérica, José María Cámara.
Lourenço Azevedo que se sentia isolado,
“num ambiente em que à minha volta
ninguém queria saber de Springsteen,
quando através da BrucePT se abriu uma
multidão de devotos do mesmo rocker
que eu idolatrava, e maior conhecimento
18 | BrucePT | Dez.2013 - Edição nº0
Ainda sobre o jantar que teve lugar no
Restaurante Cagaréu, Carlos do Carmo
confessa que ficou, “emocionado ao poder
partilhar tantas ideias e experiências com
pessoas que ouvem a mesma música,
sentem as mesmas batidas de bateria, e