BrucePT Nº 0 - Dez 2013 | Page 16

que aqui partilha a forma como conheceu a música de Springsteen. “Desde que o meu amigo Rui Manuel, deu-me a ouvir uma cassete BASF (daquelas cor de laranja que rebobinávamos com a ajuda de uma caneta), com a voz de um cantor rouco, em meados de 1984, que fiquei hipnotizado até hoje com aquela portentosa voz. Não foi um desconhecido que me ofereceu flores pois isso seria Impulse, mas foi um conhecido que me ofereceu a oportunidade de ouvir um cantor que até aquele dia de Agosto de 1984 nada me dizia, pois só tinha ouvidos para AVEIRO, 2000 Os concertos da Reunion Tour – 132 no total – chegam ao fim após 15 meses na estrada, em apoteose, no Madison Square Garden, em Nova Iorque, numa maratona de 10 espectáculos consecutivos. Dois meses depois, em Outubro de 2000, um jantar na cidade de Aveiro marca o início da BrucePT, num encontro entre pessoas que têm um gosto em comum, a música de Bruce Springsteen. O momento entre a reunião de Springsteen Aveiro, 2000 com os membros da E Primeiro encontro BrucePT Street Band, após uma década afastados, e o surgimento desta comunidade, é perfeito. Os fãs portugueses, anónimos durante anos, tinham finalmente a oportunidade de, em grupo, poderem partilhar as suas ideias e sentimentos sobre a carreira de Bruce e a influência que este tem nas suas vidas. Kajagoogoo, Duran Duran, Limahl e No primeiro encontro da BrucePT outros que tinham mais oxigénio no estava também presente Carlos do Carmo cabelo, do que aquele que havia na “ restante atmosfera terrestre. O álbum chamava-se Darkness on the Edge of Town, e apesar de não perceber pevide de inglês, comecei a interessar-me por essa língua, sobretudo poucos meses depois, e já no inverno desse ano, quando comprei o álbum Born in the U.S.A.” “Na primeira metade da década de 90, a act ualidade musical era-nos trazida pelo jornal de referência da altura: o Blitz (sim, já foi um jornal, daqueles que sujava as mãos e só tinha cores na capa). Para além dos míticos “Pregões”, tinha ainda uma secção de classificados, e foi aí que começou a minha ligação a outros devotos de São Springsteen”, conta Carlos Melo - um dos mentores da BrucePT - a sua experiência, afirmando ainda que, “nessa altura, em que reinava entre a minha geração o culto pelo hard-rock/ metal, com os Guns ou os Metallica à cabeça, e com coisas como Judas Priest, Manowar ou Megadeth nas cassetes de todos, sentia-me um pouco deslocado por ouvir aquele senhor que, então como agora, era conhecido pelo Born In The U.S.A., e cuja conversão completa aconteceu quando a minha professora de inglês do secundário me emprestou o Live/1975-85, cuja cópia em cassetes gastas de tantas passagens ainda hoje possuo”. Por outro lado, Carlos do Carmo assume que, “até determinada fase da minha vida, pensava mesmo que era o único fã do Bruce em Portugal, pois não ha Até determinada fase da min o da, pensava mesmo que era vi gal único fã do Bruce em Portu 16 | BrucePT | Dez.2013 - Edição nº0 ”