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O Castelo das Damas
Contemplar Chenonceau é vislum-
brar uma harmonia perfeita entre a
natureza – representada por água, ar
e vegetação – e um conjunto arquite-
tônico inigualável, digno de admira-
ção mundial. Chenonceau foi o teatro
de intensas paixões protagonizadas
por seus sucessivos proprietários,
arrastados inexoravelmente pelo
turbilhão de eventos que marcaram
a história da França. Escolhido como
residência real, o castelo orgulha-se
também de seu destino incomum: ele
foi construído, amado, administrado
e protegido por mulheres notáveis.
Diane de Poitiers, favorita do Rei Hen-
ri II, ofereceu a Chenonceau um dos
jardins mais espetaculares da época,
além de ter deixado a marca de uma
arquitetura única, caracterizada pela
O Castelo de Chenonceau, aberto
diariamente de 9h às 19h (os horários
mudam de acordo com a época do
ano), fica na Touraine, sobre o Rio Cher.
De Paris até o castelo, são duas horas
de carro ou uma hora e meia de trem.
Mais informações no
www.chenonceau.com ou com
um dos atendentes da
nossa empresa.
Nesta página:
imagens do Castelo
de Chenonceau
famosa ponte sobre o Rio Cher. Cata-
rina de Médici, viúva do rei, afastou
Diane do castelo e mandou construir
a galeria de dois andares, onde costu-
mava organizar bailes suntuosos na
época em que era regente. Louise de
Lorraine, ao perder seu esposo Henri
III, adotou o luto branco, como preco-
nizava a etiqueta da corte, e passou
a se dedicar inteiramente à religião.
Sua morte marcou o fim da presença
da realeza no castelo de Chenonceau.
Extraordinária personagem do Sécu-
lo das Luzes, Louise Dupin resgatou o
fasto do castelo, onde organizava bri-
lhantes saraus freqüentados por filó-
sofos da época, entre os quais Mon-
tesquieu, Voltaire e Rousseau. Graças
a sua presença de espírito, o castelo
escapou ileso das ameaças da Revo-
lução Francesa. Em 1864, Marguerite
Pelouze, originária da burguesia in-
dustrial, decidiu transformar o cas-
telo e o parque no reflexo de sua as-
censão social, dilapidando toda a sua
fortuna para restaurá-lo. Mais tarde,
Simone Menier, enfermeira chefe,
administrou o hospital que mandara
instalar, graças ao apoio pecuniário
de sua família, nas duas galerias do
castelo – onde mais de 2 mil feridos
de guerra foram tratados até 1918.
Vindos dos cinco continentes, os visi-
tantes – “hóspedes por um dia” – são
convidados a vivenciar um momento
de pura graça e a se deixar levar pela
serenidade e beleza do cenário des-
lumbrante.