Boletim Kappa Crucis KAPPA01 -Primavera-2017 | Page 28

Boletim Astronomico KAPPA CRUCIS ­ No. 1 ­ Primavera 2017 Plutão Exploração Espacial New Horizons Aventura da New Horizons rumo ao planeta anão Plutão completa dois anos Por Vitório Zago Em julho de 2017 completou dois anos da fascinante aventura da sonda espacial norte­ americana New Horizons. depois de 9,5 anos de viagem, ela chegou no dia 14 de julho de 2015, pela manhã, 8h25 horário de Brasília, ao seu destino, o longínquo planeta anão Plutão ou ao sistema binário de planetas anões Plutão­Caronte, que naquele momento de sua órbita estava a quase 5 bilhões de quilômetros de nós ou do Sol. Bem, considerando essa imensa distância, os quase 150 milhões de quilômetros ou 1 UA (Unidade Astronômica) entre o Sol e a Terra são desprezíveis, pois a distância de Plutão é cerca de 50 vezes a distância entre nós e nossa estrela, o Sol. Plutão pode chegar até 7,5 bilhões de quilômetros em função de sua órbita elíptica, oval, que tem grande excentricidade, o que na prática significa que ele se aproxima do Sol e depois se afasta bastante. A órbita da Terra também é uma elipse, de pouca excentricidade, e quando observada de longe, é quase uma circunferência. O dia 14 de julho de 2015, uma terça­feira, foi histórico porque representou o momento de maior aproximação de um objeto humano a Plutão, até então envolto por décadas em grande mistério e curiosidade quanto à sua forma, aparência e características. A New Horizons deu um sobrevoo, passando nesse dia o mais perto de Plutão em sua missão, a 12,5 mil quilômetros da superfície dele (ou a uma Terra, pois isso é quase o diâmetro da Terra). Inicialmente ela enviou imagens de baixa resolução, mas depois ela nos enviou imagens espetaculares do sistema Plutão­ Caronte. Em sua passagem por Plutão, a New Horizons coletou uma enorme quantidade de dados, que começaram a ser enviados imediatamente para a Terra, mas o envio do pacote todo só se completou por volta de novembro e dezembro de 2016! A quantidade de dados é enorme. Portanto eles serão analisados por anos pelos astrônomos, gerando inúmeras abordagens e estudos sobre o sistema. A sonda New Horizons ficou sem contato com a Terra nessa maior aproximação horas antes, ­ 24 ­ desligando seus instrumentos de comunicação, para abordar e coletar esses dados, desde fotos até outras informações. Esse silêncio durou 22 horas e causou certo receio à equipe da NASA na Terra. Mas quando a sonda capturou os dados planejados e retornou o sinal para a Terra, muitos aplausos ecoaram pelo ambiente, e uma enxurrada de mensagens de congratulações começaram a chegar para a equipe, entre elas a do físico inglês Stephen Hawking (Oxford­Inglaterra, 1942­), que sempre manifestou grande interesse pela astronavegação e conquista espacial, temas mais recorrentes para o gênero ficção científica. E Stephen Hawking é inclusive um ardoroso fã de ficção científica, em especial de “Star Trek” (“Jornada nas Estrelas”), série de TV em que chegou a participar como convidado especial de um episódio de “Star Trek The Next Generation” (“Jornada nas Estrelas A Nova Geração”) em 1993, intitulada “Descent ­ Part I” (“Queda – Parte I”), o último episódio da sexta temporada das sete temporadas dessa geração de Star Trek, episódio esse em que