O NFIST é constituído maioritariamente por alunos de física, mas devido ao elevado número de atividades produzidas,
o projeto só é possível com a colaboração de alunos de outros
cursos do Instituto Superior Técnico.
Nem sempre é fácil conciliar as atividades do núcleo com
as aulas, mas uma boa gestão do tempo parece ser a solução.
Os professores e o Instituto Superior Técnico apoiam estas iniciativas, pois “o NFIST divulga o Técnico, a física e o curso
de física”, como explica o atual diretor do NFIST, Sebastião
Oliveira.
Os vários anos de preparação de eventos permitiram que os
colaboradores do NFIST se sentissem prontos para abraçar este
desafio recompensador. “Tanto alunos como professores beberam imenso do que estávamos a fazer. Vinham ter connosco
no final para fazer mais perguntas. Esta experiência foi das experiências mais gratificantes que eu já tive na minha vida”, diz
João Cardoso.
Os estudantes de física foram muito bem recebidos na comunidade local. As escolas pediram aos estudantes que ficassem mais tempo para que mais professores e alunos pudessem
usufruir das atividades do núcleo. “Recebemos na altura algumas propostas para continuar a dar apoio à universidade durante mais tempo, mas infelizmente enquanto estudantes não
tínhamos essa possibilidade de dispor mais tempo, porque os
laboratórios aqui no Técnico não param... e são impiedosos!”,
explica Cardoso a rir-se.
Anos mais tarde, em regresso a Timor, João Cardoso conheceu a organização não-governamental para o desenvolvimento
“Associação Cientistas no Mundo – Ciência e Tecnologia para
todos”, fundada em 2007 na sequência deste projeto do NFIST
“Física divertida em Timor”.
Esta ONG, também conhecida por Scientists in the world
(SiW) tem como objetivo a formação, divulgação e implementação tecnológica. Pretende desenvolver pequenas tecnologias
que podem criar grandes impactos reais nas localidades locais.
Um dos projetos lançados por esta Associação é a implementação de fornos solares em Timor e em São Tomé e Príncipe.
João Cardoso, que também colaborou no projeto, afirma: “foi
fantástico ver o brilho nos olhos das pessoas quando percebiam
que era possível cozinhar ali e que os fornos eram uma alternativa à lenha”.
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