BLOGAZINE | Page 52

52 | Entrevista Como disse Platão: “Aqueles que contam estórias regem o mundo”. É um desejo do que eu gostaria de ser, mais do que outra coisa qualquer. B: O teu blog não é como a maioria, em que é que se distingue? C: Não sei bem o que o distingue dos outros. Não o actualizo com o afinco direccionado para o reconhecimento, senão faria publicações todos os dias. Faço-o por diversão; se me deixasse de dar gozo e se tornasse um fardo, abandoná-lo-ia. De resto, é uma mixórdia, e tanto se encontram contos originais, como letras, ou até resenhas de livros e discos. È um resumo do que eu sou e gosto, porque me é difícil gostar das coisas sem ser de forma apaixonada e gostá-las só para mim. Quando algo me faz feliz – mesmo as coisas simples – gosto de o dar a conhecer aos outros. B: Qual é a tua ambição ao nível da blogosfera? C: Ser lida, claro. Sempre que publico algum artigo é para chegar a alguém, para obter uma resposta, uma reacção. E também serve para eu ser motivada a escrever, pois tenho tendência a darme à preguiça. Saber que o que publico não é só para mim, e saber que alguém vai ver e comentar, faz-me querer criar coisas novas. B: Abordado o tema deste mês, tens algum hábito/supertição que pratiques na passagem de ano? C: Antes comia as passas à meia noite, em cima de uma cadeira mas, como odeio passas, achei que era mau prenúncio começar o ano a fazer algo que não gosto. Vou pedindo ainda os desejos, muitas vezes de uma forma atabalhoada, mesmo na minha própria cabeça. B: Quais são os teus projetos para 2016? C: Quero acabar os dois livros – se me posso dar ao descaramento de os chamar assim – que comecei este ano e, por sinal, deveriam ter sido terminados este ano. Acho que quando 2016 chegar ao fim vou acabá-lo a dizer exactamente o me