30 | Variedades
Ano novo, hábitos velhos
Por: Anabela Neves
Sempre que estamos perto da viragem do ano, tenho esperança que
as pessoas, mais precisamente alguns dos clientes que frequentam o
supermercado, mudem de atitudes. Mas também há aqueles que não
querem mudar porque, certamente, acreditam que estão muito bem
assim!
Por vezes, recordo melhor um cliente
pela repetição de uma atitude do que mais
propriamente pela sua cara. Ainda há
dias esteve lá uma cliente que leva sempre os cupões ao molho, ou seja, entrega-me um monte de papéis com cupões,
não só do supermercado onde trabalho
como também de outros da concorrência,
para eu escolher os certos. Enquanto eu
escolho, a fila não diminui, até pelo contrário. Já tentei, delicadamente, dizer-lhe
que os separe, mas não adianta. Nem com
a aproximação do Ano Novo, ela tem uma
nova atitude!
Nestes dias o supermercado costuma estar cheio. Se no Natal são as compras em
família, nas vésperas de Ano Novo são as
compras em grupos de amigos. O champanhe, o marisco, os petiscos, as cervejas
e principalmente a pressa. E, no meio disto tudo, se algum artigo tem um valor diferente ou se é preciso aguardar um pouco para alterar ou confirmar um preço a
paciência para esperar não é muita. Por
vezes, nem parece que estamos em época festiva! O que vale é estes são apenas
uma minoria e por isso são lembrados. Os
mais simpáticos e compreensivos são em
maior número, para a nossa animação!
Se calhar é o local ou cenário que são os
mais animados. Um supermercado, não é
um restaurante, não é um concerto e muito menos uma rua iluminada com pessoas
a brincar. Um supermercado será sempre
um supermercado!
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