Sendo aquele que passa mais tempo com as crianças ou jovens, deve observar o seu comportamento, tentar detetar
possíveis problemas ou dificuldades e, em conjunto com os restantes responsáveis, encontrar a melhor solução para
os eliminar ou, pelo menos, atenuar.
Não são raros os casos de bullying, físico ou psicológico, que acontecem muitas vezes à vista de todos, sem que
ninguém faça nada para o impedir, fingindo não ver, ou sequer admitir, que isso existe!
Não são raros os casos de vítimas de violência infantil e/ou abusos sexuais que passam despercebidas, se os
professores não estiverem atentos a pequenos sinais ou comportamentos.
São frequentes os casos de crianças que nem sempre têm condições financeiras ou psicológicas que lhes permitam
frequentar a escola nas mesmas circunstâncias que os demais.
Cada criança é única, diferente de todas as outras, com a sua própria história, personalidade, família e condições
financeiras, físicas e psicológicas mas, ainda assim, não deixa de ser igual a todas as outras, com direito às mesmas
oportunidades, à mesma dedicação e atenção, e à mesma segurança.
Como tal, a escola, em primeiro lugar, enquanto instituição, e os professores, em seguida, como profissionais de
educação, bem como os restantes funcionários auxiliares de ação educativa, devem proporcionar o bem-estar e o
desenvolvimento das crianças e jovens em clima de segurança afetiva e física dentro do estabelecimento de ensino.
Mas, se for o caso, devem também averiguar junto das famílias desses jovens a existência de dificuldades ou
problemas, colaborar com estas famílias na partilha de cuidados e responsabilidades no processo educativo e
desenvolvimento pessoal dos jovens e, se necessário for, denunciar às entidades competentes possíveis situações
de risco.
Afinal, quando um professor vai além do simples papel de ensinar, pode estar a mudar completamente o destino de
uma criança ou jovem!
Marta | http://marta-omeucanto.blogs.sapo.pt