BLOGAZINE - Nº1 | Page 70

MOTORES O que deves ter em mente na escolha do teu primeiro carro? Na sequência do tema desta edição, “1ª vez”, trazemos até ti conselhos e dicas para que, na hora de assinar o contrato do teu primeiro carro, tenhas a certeza de que fizeste a escolha mais acertada. O automóvel é actualmente uma das peças-chave do nosso quotidiano. Precisamos dele para viagens longas, curtas, uma ida ao supermercado ou somente ir daqui até ali, só para não andar aqueles 5 minutos a pé. Por mais simplista que possa parecer ter um carro, é muito importante que tenhas em conta uma série de factores na hora de comprar e é, sem dúvida, um investimento que requer muita ponderação. Por isso mesmo, recomendamos que leias atentamente a presente publicação. 1. O orçamento. Seja um jovem ajudado pelos pais ou alguém com rendimentos próprios, o mais importante é estar sempre consciente daquilo que pode gastar e procurar “jogar” com esses valores. Façam todas as vossas contas. O melhor conselho que te podemos dar é que juntes a maior quantia possível para abateres directamente no valor do carro. Os empréstimos aos bancos são situações de dependência de grande responsabilidade. Somadas às taxas de juro e outras aplicadas nos contractos automóveis, fazem com que acabes a pagar um valor superior àquele que pediste emprestado. O ideal será que consigas chegar a um valor que te permita ter algum dinheiro de reserva. Nunca penses em gastar tudo o que tens. Por exemplo: se tiveres disponível na conta 10 mil euros, o ideal seria procurares um automóvel até aos 8 mil euros ficando assim com 2 mil euros para qualquer eventualidade. 3. A viabilidade financeira. Cada vez mais existem preocupações legítimas com o crescente preço dos combustíveis e aí se insere a viabilidade. Automóveis a gasóleo são sempre mais caros do que aqueles a gasolina, em comparação com modelos iguais. Às vezes a diferença só é compensada indo à bomba durante muitos anos e fazendo centenas de milhar de quilómetros. Deves ter em conta as vezes que viajas para mais longe, se são significativas ou não. Tendo isto em conta, certamente um carro a gasóleo é a melhor opção frente aos carros a gasolina, para quem faz percursos maiores. Poupas na hora de ir à bomba e em viagem, uma vez que qualquer carro a gasóleo faz consumos em média menos 1 litro do que um mesmo modelo a gasolina. Outras opções estão a criar adeptos. Opções como os híbridos e os eléctricos estão também disponíveis e a poupança que cada um implica é evidente mas tenham em conta que Portugal não dispõem de muitas infra-estruturas de carregamento de veículos eléctricos e ainda não existem muitas informações quanto ao custo da substituição das baterias dos veículos híbridos, o que causa algum desconforto na hora de comprar. Gasolina ou gasóleo? Faça as contas e perceba qual lhe traz mais vantagens. Novo ou usado, o teu orçamento é quem manda. Não excedas as tuas possibilidades! 2. A utilidade. Olha para um automóvel adequado às tuas necessidades diárias. Por exemplo: se o teu ritmo diário passa por simples viagens de 10 minutos até à faculdade ou para o trabalho, escolhe um automóvel o mais prático possível, mais concretamente um citadino. Noutra perspectiva, se estiver nos teus planos de vida, a curto ou médio prazo ter filhos, a melhor opção é um monovolume. É o mais adequado para famílias grandes e que tenham um ritmo familiar elevado, ou seja, façam viagens frequentes de longa ou curta distância, para visitar ou fazerem férias em família. Podem pensar que qualquer carro com 5 lugares serve para a família. Não deixa de ser verdade mas tenham em conta que um automóvel pequeno representa dificuldades maiores para entrar e sair, por exemplo para idosos e pessoas com dificuldades de mobilidade. Outro exemplo é a capacidade de carga bastante mais reduzida em relação a automóveis familiares. Tenham por isso sempre em conta o vosso contexto familiar. 70 4. A durabilidade. Tens de ter em conta a idade e a quilometragem do automóvel. Se apenas te for possível adquirir um automóvel usado, procura sempre, dentro do modelo que mais se adequa ao teu ritmo de vida e estrutura familiar, o mais novo e com o menor número de quilómetros possível. Tem sempre em mente duas verdades chave: nenhum carro dura para sempre (idade) e aquilo que um carro andou, já não tem para andar (Kms). Vais com toda a certeza notar nas tuas pesquisas que um modelo igual a outro, da mesma marca, do mesmo ano e mês deveria ter o mesmo preço ou perto disso, consoante o nível de equipamento opcional que tiver. Mas se um deles tiver 200 mil quilómetros e outro tiver 10 mil, o preço vai ser completamente diferente. Isto porque o risco associado a um automóvel com muitos quilómetros são avarias frequentes e substituição de peças desgastadas, portanto muito mais visitas à oficina e consequentes e indesejadas despesas. 71