MOTORES
O que deves ter em mente
na escolha do teu primeiro carro?
Na sequência do tema desta edição, “1ª vez”, trazemos até ti conselhos e dicas para que,
na hora de assinar o contrato do teu primeiro carro, tenhas a certeza de que fizeste a escolha
mais acertada. O automóvel é actualmente uma das peças-chave do nosso quotidiano. Precisamos dele para viagens longas, curtas, uma ida ao supermercado ou somente ir daqui até ali,
só para não andar aqueles 5 minutos a pé. Por mais simplista que possa parecer ter um carro,
é muito importante que tenhas em conta uma série de factores na hora de comprar e é, sem
dúvida, um investimento que requer muita ponderação. Por isso mesmo, recomendamos que
leias atentamente a presente publicação.
1. O orçamento. Seja um jovem ajudado pelos pais ou alguém com rendimentos próprios,
o mais importante é estar sempre consciente daquilo que pode gastar e procurar “jogar” com
esses valores. Façam todas as vossas contas. O melhor conselho que te podemos dar é que
juntes a maior quantia possível para abateres directamente no valor do carro. Os empréstimos
aos bancos são situações de dependência de grande responsabilidade. Somadas às taxas de
juro e outras aplicadas nos contractos automóveis, fazem com que acabes a pagar um valor
superior àquele que pediste emprestado. O ideal será que consigas chegar a um valor que te
permita ter algum dinheiro de reserva. Nunca penses em gastar tudo o que tens. Por exemplo:
se tiveres disponível na conta 10 mil euros, o ideal seria procurares um automóvel até aos 8
mil euros ficando assim com 2 mil euros para qualquer eventualidade.
3. A viabilidade financeira. Cada vez mais existem preocupações legítimas com o crescente
preço dos combustíveis e aí se insere a viabilidade. Automóveis a gasóleo são sempre mais
caros do que aqueles a gasolina, em comparação com modelos iguais. Às vezes a diferença só é
compensada indo à bomba durante muitos anos e fazendo centenas de milhar de quilómetros.
Deves ter em conta as vezes que viajas para mais longe, se são significativas ou não. Tendo
isto em conta, certamente um carro a gasóleo é a melhor opção frente aos carros a gasolina,
para quem faz percursos maiores. Poupas na hora de ir à bomba e em viagem, uma vez que
qualquer carro a gasóleo faz consumos em média menos 1 litro do que um mesmo modelo a
gasolina. Outras opções estão a criar adeptos. Opções como os híbridos e os eléctricos estão
também disponíveis e a poupança que cada um implica é evidente mas tenham em conta que
Portugal não dispõem de muitas infra-estruturas de carregamento de veículos eléctricos e ainda não existem muitas informações quanto ao custo da substituição das baterias dos veículos
híbridos, o que causa algum desconforto na hora de comprar.
Gasolina ou gasóleo? Faça as contas e perceba qual lhe traz mais vantagens.
Novo ou usado, o teu orçamento é quem manda. Não excedas as tuas possibilidades!
2. A utilidade. Olha para um automóvel adequado às tuas necessidades diárias. Por exemplo:
se o teu ritmo diário passa por simples viagens de 10 minutos até à faculdade ou para o trabalho, escolhe um automóvel o mais prático possível, mais concretamente um citadino. Noutra
perspectiva, se estiver nos teus planos de vida, a curto ou médio prazo ter filhos, a melhor
opção é um monovolume. É o mais adequado para famílias grandes e que tenham um ritmo
familiar elevado, ou seja, façam viagens frequentes de longa ou curta distância, para visitar
ou fazerem férias em família. Podem pensar que qualquer carro com 5 lugares serve para a
família. Não deixa de ser verdade mas tenham em conta que um automóvel pequeno representa dificuldades maiores para entrar e sair, por exemplo para idosos e pessoas com dificuldades
de mobilidade. Outro exemplo é a capacidade de carga bastante mais reduzida em relação a
automóveis familiares. Tenham por isso sempre em conta o vosso contexto familiar.
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4. A durabilidade. Tens de ter em conta a idade e a quilometragem do automóvel. Se apenas te for possível adquirir um automóvel usado, procura sempre, dentro do modelo que mais
se adequa ao teu ritmo de vida e estrutura familiar, o mais novo e com o menor número de
quilómetros possível. Tem sempre em mente duas verdades chave: nenhum carro dura para
sempre (idade) e aquilo que um carro andou, já não tem para andar (Kms). Vais com toda a
certeza notar nas tuas pesquisas que um modelo igual a outro, da mesma marca, do mesmo
ano e mês deveria ter o mesmo preço ou perto disso, consoante o nível de equipamento opcional que tiver. Mas se um deles tiver 200 mil quilómetros e outro tiver 10 mil, o preço vai ser
completamente diferente. Isto porque o risco associado a um automóvel com muitos quilómetros são avarias frequentes e substituição de peças desgastadas, portanto muito mais visitas à
oficina e consequentes e indesejadas despesas.
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