À CONVERSA COM...
Falando agora do tema desta edição… Neste primeiro número falamos sobre
primeiras vezes, pelo que não poderíamos deixar de perguntar: Como foi a tua?
Essa pergunta tem muito que se lhe diga… Que primeira vez querem saber?
Aquela que tu quiseres contar… A primeira vez que te vier à cabeça!
Uma das primeiras vezes que mais me marcou foi quando andei pela primeira vez de
carro sozinha, uma semana depois de ter a carta de condução. Era de noite, estava a chover e
muito trânsito na cidade. Ia passar a noite a casa de uma amiga minha, que já não via há muito
tempo. Lembro-me que ia a conduzir com o coração nas mãos. E apesar de ser um caminho
que conhecia muito bem, a cada curva sentia que me estava a enganar. Mas lá cheguei, completamente intacta. Foi algo assustador, mas no fim consegui perceber que afinal não era um
perigo na estrada.
Não tens uma primeira vez escandalosa que queiras esconder?
Sinceramente, acho que não.
Então a tua vida é um livro aberto?
Sim, é. Não tenho medo, nem vergonha de esconder momentos embaraçosos. Afinal,
são com esses erros que aprendemos e que crescemos.
Sendo um livro aberto, qual o capítulo que acharias mais engraçado e que guardas para contar aos netos?
A minha passagem pela faculdade tem histórias muito giras para contar. Mas aquela que
realmente marcou mais foi a forma como comecei a namorar com o meu actual namorado.
Queres partilhar?
Pode ser, mas de forma resumida. Ele foi-me apresentado por uma amiga minha, numa
altura em que eu andava perdida de amores por outro rapaz. Ao contrário de muitas histórias
românticas, o nosso não foi amor à primeira vista. Longe disso.
Achas que dava um filme romântico?
Uma comédia romântica, com um pouco de drama. Nesse dia em que nos conhecemos,
a minha amiga nem sabia o nome dele. Foi o próprio que teve de dizer o nome. Foi uma apresentação rápida, daquelas feitas só pela circunstância. Depois, ele ia aparecendo na residência
para estar com essa minha amiga. E, um dia, ela ia almoçar comigo e perguntou se ele também
podia vir. Eu disse que sim, claro. Onde comem dois, comem três. Depois desse almoço ainda
nos encontrámos umas duas ou t