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A pesquisa descobriu que as plantas possuem moléculas que atuam como vias de sinalização, no caso a via do SnRK1, que mede o nível energético da planta, e se conecta a um fator de transcrição, o bZIP63. “O fator de transcrição é um tipo de proteína que funciona como ‘interruptor molecular’, atuando diretamente no DNA, ‘ligando’ e ‘desligando’ genes”, a partir das informações da via de sinalização, conta o pesquisador. “Há evidências de que um dos genes em que o bZIP63 atua é do relógio biológico, chamado de PRR7, o que faz com que a planta, conforme a energia disponível, altere os horários em que desempenha determinadas funções.”

Quando há menos energia, a via que sinaliza o estresse energético está mais ativa, mas quando o açúcar é abundante, ela permanece inativada, o que inibe o fator de transcrição. “Pesquisas anteriores sobre o relógio biológico avaliavam as plantas quando havia muita energia disponível, por isso a via não era percebida”, diz Hotta. “Quando começou-se a olhar para as plantas em condições de baixa energia, foi possível notar que essa via é essencial para a planta se reorganizar diante do estresse energético, mudar seu modo de vida e sobreviver”.

Os resultados da pesquisa são descritos no artigo “Circadian Entrainment in Arabidopsis by the Sugar-Responsive Transcription Factor bZIP63”, publicado em 2 de agosto na revista científica Current Biology. “O estudo comprovou como os dois mecanismos moleculares impactam e regulam o funcionamento da planta”, ressalta o professor. “O próximo passo é investigar que funções são reguladas. Uma das hipóteses é de que possivelmente os mecanismos influenciem na forma que a planta armazena amido durante a noite.”

Sinalização