Em um certo dia no estágio, realizando os processos que são corriqueiros em uma biblioteca, passo por uma sessão de Direito e me deparo com um verdadeiro calhamaço. Tratava-se do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em uma edição comentada. A curiosidade me falou mais forte que as atividades, então parei o que fazia e comecei a folhear o livro, fazendo breves leituras sobre os artigos e os comentários ali presentes.
Essa leitura me levantou algumas questões que me pareceram bastante pertinentes para aquele momento de reflexão: qual o papel das bibliotecas, sobretudo as públicas, em garantir os direitos das crianças e dos adolescentes? E qual papel o bibliotecário desempenha nesses contextos? Pensei de início que nós, que somos da área de Biblioteconomia, já temos certa compreensão e proximidade aos assuntos relativos à informação, cultura e educação. E a biblioteca é por excelência um local potencial para promoção de diálogo, comunicação, integração e aprendizagem.