Bibliotecando nas Bibliotecas Comunitárias Único | Page 100

mais adolescente. O grupo cogitou improvisar uma história, mas repensamos e vimos que poderia ser um desastre.

No momento da apresentação formal, metade das crianças eram tímidas, envergonhadas de falarem o nome em voz alta e se prendendo em responder apenas acenando; outras falavam livremente.

Na hora da contação de história, todas as crianças ficaram em um profundo silencio. Eu estava ajoelhada, de frete para elas, enquanto o mural onde os personagens apareciam ficava acima de mim. Enquanto eu contava a história, os personagens apareciam e cada um dizia sua fala pelo microfone. A coisa mais interessante que observei, estando de frente para as crianças, foi em como elas receberam a histórias. Umas se atentavam a olhar pra mim e a me ouvir; outras atentavam em olhar os personagens; outras atentavam para os sons que saiam da caixa com músicas da natureza. As reações também não me passaram desapercebidas. Vi sorrisos, sobrancelhas cerradas, chateação, incredulidade, inquietação com a injustiça da história e o brilho nos olhos de uma boa surpresa.