EFEMÉRIDE
CENTENÁRIO DA MORTE DE OSWALD CHAMBERS
B iddy
A Senhora Chambers
Michelle Ule
Esta mulher chama-se Gertrude
Annie Hobbs, “Biddy” como afetuosamente
era tratada, e incondicionalmente aceitou o
desafio que lhe foi apresentado por Oswald
Chambers em plena Catedral de São Paulo,
em Londres. Uma proposta algo surpreenden-
te, pois Chambers era um virtuoso pregador
itinerante, que vivia para proclamar o Evan-
gelho, e sem intenções de formar família.
Sem salário nem habitação permanente, e
por conseguinte sem condições para sustentar
uma mulher, muito menos uma casa.
De uma família da vitoriana classe média,
e perante o falecimento prematuro do pai,
Biddy cedo teve de procurar recursos para
apoiar a mãe, aplicando o excelente conheci-
mento gramatical, e a sua destreza ao piano
para se especializar em dactilografia, com-
petência muito valorizada entre as mulheres,
atendendo ao desenvolvimento industrial e
empresarial da época.
Com a irmã mais velha, trabalhavam em
Londres, e juntamente com a mãe, serviam
ativamente na Igreja Baptista de Eltham Park,
liderada pelo Reverendo Arthur C. Cham-
bers, irmão de Oswald. Embora reservada na
sua vida espiritual, aproveitava os sermões
para praticar estenografia, o que a ajudava a
assimilar melhor o que ouvia. Essa qualidade
viria a ser fulcral para que milhões viessem
a conhecer os escritos e sermões do futuro
marido.
No centenário do súbito falecimento de
um dos maiores vultos da propagação do
evangelismo, em plena I Guerra Mundial,
uma boa sugestão para conhecê-lo através do
testemunho da mulher que prosseguiu a sua
missão por meio dos livros e devocionais.
M R S . O S WA L D C H A M B E R S , D E M I C H E L L E U L E . P U B L I C A DO P O R B A K E R B OO K S , U S A
38 NOV-DEZ 2017
E
O
que pode uma mulher esperar de